Resumo:
- Libra apresentamomentum ascendente
- Próxima votação de relevo será dia 20 de Março (Quarta-feira)
- FTSE (UK100) em máximos dos últimos 5 meses
À medida que nos aproximamos do final de uma semana muito atribulada para o setor político britânico, vale a pena refletir sobre o sucedido. O parlamento britânico tem rejeitado sucessivas tentativas de acordo da primeira-ministra Theresa May, e a rejeição da hipótese No deal Brexit à qual se sucedeu a extensão do período para decisões, acionando o Artigo 50. A próxima votação de relevo será dia 20 Março, Quarta-feira, que a ser aprovada poderá dar balanço para um adiamento do prazo, estendendo-o até dia 30 de Junho; caso venha a ser novamente rejeitada, então poderemos ver o RU a solicitar um adiamento de cerca de 12 meses ou mais.
Ações norte americanas próximas de máximos de 5 meses.
Apesar de improvável, vale a pena notar que os outros 27 países membros da UE podem não dar aprovação unânime para este adiamento acontecer, o que inviabilizaria a extensão do prazo. Nesse cenário, o Reino Unido deixaria a UE no dia 29 de Março sem um acordo, o denominado No Deal Brexit.
Foi também uma boa semana para o setor acionista britânico, com uma queda acentuada na volatilidade intra-day do que os mercados de divisas neste setup altista potenciando o movimento ascendente, deixando o UK100 próximo de máximos dos últimos 5 meses e acima da marca dos 7200 pontos.
O índice britânico UK100.cash está de volta à SMA dos últimos 200 dias e próximo do nível máximo desde Outubro, depois de bons desempenhos nas últimas sessões. Fonte: xStation5
Libra prepara-se para outra semana de ganhos
O que poderá este cenário significar para o GBP? Pode dizer-se que são boas notícias, pois o pior cenário possível (No-deal Brexit) parece agora muito improvável, pois ou o acordo proposto por Theresa May é aceite, ou uma nova versão será redigida durante o novo prazo. A Libra valorizou contra as principais contra-partes esta semana, valorizando mais conta o Iene (2.2%) do que contra as restantes, e conseguindo valorizações também diante do Dólar (1.7%).
Prever o que acontecerá a seguir para o Brexit tem sido pouco convidativo desde a votação do referendo em 2016, mas o mais provável será um prolongamento do prazo ou a aprovação por ligeira vantagem do acordo proposto nessa votação, considerando uma breve extensão do Artigo 50.
GBP está a valorizar conta as principais contra-partes esta semana, com os ganhos mais representativos contra o Iene e Dólar. Fonte: xStation
Ações da Wetherspoons tremem diante de apresentação de resultados
Depois de um arranque de sessão com tendência de queda na sequência dos resultados trimestrais, deu-se uma recuperação acentuada do título Wetherspoons. Os resultados apresentados registaram uma queda de 19% na rubrica lucros antes de impostos, para 50.3 milhões de euros relativos às 26 semanas antecedentes a 27 de Janeiro, apesar de um crescimento de receitas de 7.1% para 889.6 milhões de libras. Aparentemente as margens foram espremidas devido ao aumento do custo dos salários, enquanto a margem operacional numa tendência de queda de 8.9% para 7.1%. O Free Cash Flow quase duplicou para 71.7 milhões de libras, principalmente devido ao prazo de pagamento a fornecedores, apesar de que tal facto não poder realizar um benefício sustentável e deverá reverter para o final do ano. A cotação da Wetherspoons apresentam consolidação em alta numa perspetiva anual, e apesar de as suas operações não terem acontecido da melhor forma, existem razões de sobra para a validar consistência das suas atividades.
