Os resultados do segundo trimestre da Coca-Cola (KO.US) mostraram resiliência no meio de um ambiente de consumo difícil e novas pressões regulatórias nos EUA. Embora o lucro tenha ficado ligeiramente acima das expectativas, a receita ficou um pouco abaixo das previsões dos analistas, devido à desaceleração da procura global dos consumidores. Ainda assim, o portfólio diversificado de bebidas da empresa e a forte presença internacional ajudaram a amortecer o impacto das vendas mais fracas de refrigerantes na América do Norte. Notavelmente, a Coca-Cola anunciou planos para lançar uma versão do seu produto principal adoçada com cana-de-açúcar dos EUA neste outono, com o objetivo de se adaptar às preferências dos consumidores em evolução e às medidas regulatórias que visam bebidas açucaradas.
A administração reconheceu desafios como a desaceleração da procura, os ventos contrários dos câmbios e as mudanças nas regulamentações de saúde impulsionadas pela campanha “Make America Healthy Again” (Tornar a América Saudável Novamente). Mesmo com essas pressões, as perspetivas gerais permanecem estáveis, com a Coca-Cola mantendo suas previsões de lucros e crescimento para o ano inteiro. A empresa destacou o crescimento contínuo nas categorias de café, água e bebidas esportivas, que ajudaram a equilibrar as quedas nos refrigerantes tradicionais e nos sucos.
RESULTADOS DO SEGUNDO TRIMESTRE
- EPS comparável 87 cêntimos, estimativa 83 cêntimos
- Receita líquida 12,5 mil milhões de dólares
- Receita orgânica ajustada +5%, estimativa +4,49%
- Margem operacional comparável 34,7%, estimativa 33,1%
- Preço/mix +6%, estimativa +5,59%
- Variação nas vendas de concentrados -1%, estimativa -0,83%
- Volume de caixas unitárias -1%, estimativa -0,36%
- Volume de caixas unitárias de refrigerantes -1%
- Os sucos, laticínios de valor agregado e bebidas à base de plantas diminuíram 4%
- Água, bebidas esportivas, café e chá permaneceram estáveis
PREVISÃO PARA O ANO
- Prevê EPS comparável +3%, previa +2% a +3%
- Continua a prever receita orgânica ajustada de +5% a +6%, estimativa +5,68%
- Continua a prever despesas de capital de cerca de US$ 2,2 mil milhões, estimativa US$ 2,15 mil milhões
- O crescimento percentual do EPS comparável (não GAAP) deverá incluir um impacto cambial negativo de aproximadamente 5% com base nas taxas atuais e incluindo o impacto das posições cobertas, além de um impacto negativo de aproximadamente 1% proveniente de aquisições, alienações e mudanças estruturais
As ações da Coca-Cola estão a perder quase 1% antes da abertura da sessão e, do ponto de vista técnico, mantêm a tendência de queda determinada pelas médias móveis exponenciais, embora a escala das recentes quedas que empurraram as ações para uma tendência de queda não seja grande, pelo que não se pode excluir que o lado da procura possa tentar regressar acima da EMA de 50 dias, que é atualmente a resistência mais importante para as ações. Fonte: xStation
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