As descidas nos índices asiáticos provocaram fortes descidas nos mercados europeus. Os receios acrescidos de uma recessão nos EUA estão a fazer com que o capital se desloque para activos mais seguros, resultando em descidas nas yields das obrigações combinadas com fortes descontos nos índices de acções.
O mercado alemão não é diferente, com o principal índice DAX a perder 3% hoje e a cair abaixo dos 17.200 pontos pela primeira vez desde fevereiro deste ano. Desde o início deste mês, o índice já perdeu quase 8%. Todos os principais sectores estão hoje a perder no mercado de acções alemão. Todos os principais sectores estão a perder hoje na bolsa alemã. Os sectores defensivos, como a alimentação e as bebidas, continuam a ser os de melhor desempenho, embora também eles estejam a sofrer descontos.
Todas as 40 empresas do DAX estão a perder durante a sessão de hoje, embora as empresas defensivas como a Siemens Healthineers e a Henkel registem as menores quedas, cerca de 0,4%.
As yields das obrigações alemãs a 10 anos caíram em torno de 2,1% pela primeira vez desde o início de janeiro deste ano.
Os resultados do índice PMI de serviços da Alemanha ficou acima das expectativas nos 52,5 pontos (contra 52 pontos previstos). O índice continua a situar-se acima dos 50 pontos, mas os dados de julho marcam uma continuação das descidas do índice e os níveis mais baixos desde maio deste ano.
Fonte: xStation
O sector com pior desempenho na bolsa alemã é o dos bens discricionários, que regista uma queda superior a 4%. As empresas industriais (-3%) e financeiras (-3,3%) também estão a ter um mau desempenho. O sector da saúde regista as menores quedas, com um desconto de quase -1,6%. Fonte: Bloomberg Finance L.P.
Todas as 40 empresas do índice DAX estão hoje em baixa. Zalando (-8,3%) e Siemens Energy (-6,8%) são as empresas com pior desempenho. Fonte: Bloomberg Finance L.P.
O índice alemão DAX (DE40) está a perder mais de 3,6% hoje. Está neste momento a ser negociado perto dos valores de fevereiro deste ano. O suporte definido pelos mínimos desse mês está definido nos 16945 pontos, e a barreira psicológica poderá ser marcada pelos 17.000 pontos. Fonte: xStation
Notícias da empresa:
- A United Internet (UTDI.DE) está a negociar hoje em baixa de quase 18%. A empresa baixou a sua previsão para 2024, projectando receitas de 6,4 mil milhões de euros (vs. 6,5 mil milhões de euros anteriormente) e EBITDA de 1,38 mil milhões de euros (vs. 1,42 mil milhões de euros anteriormente). No primeiro semestre do ano, o EBITDA da empresa foi afetado pelo aumento das despesas com a expansão da rede móvel, que ascendeu a 111 milhões de euros (contra 40,8 milhões de euros no ano anterior). A cotação das acções da empresa caiu para o seu nível mais baixo desde março deste ano.
- A Infineon Technologies (IFX.DE) divulgou os seus resultados do 3T23/24. A empresa registou uma ligeira melhoria das vendas numa base trimestral (+2%), atingindo 3,7 mil milhões de euros. Conseguiu também melhorar a sua margem bruta, que se situou em 42,2% a nível ajustado (vs. 41,1% no trimestre anterior). Ao nível dos lucros diluídos ajustados por ação, a empresa atingiu 0,43 euros (vs. 0,42 euros no trimestre anterior). Dada a fraca procura de circuitos integrados por parte da indústria, o conglomerado de semicondutores falhou o seu objetivo de vendas em cerca de 100 milhões de euros e espera que as receitas para o ano inteiro também sejam aproximadamente do mesmo montante, cerca de 15 mil milhões de euros. As acções da Infineon perdem 2,2% e mantêm-se relativamente bem em comparação com o sector tecnológico. As estimativas de lucros da Infineon para 2024 e 2025 já foram revistas em baixa devido aos acontecimentos das últimas semanas e meses. Na sequência da apresentação dos resultados, os analistas não prevêem, por enquanto, novas revisões importantes.
- A Airbus (AIR.DE) anunciou que recebeu uma encomenda da Agência Espacial Francesa CNES para dois radiómetros de micro-ondas da próxima geração. A encomenda fará parte da contribuição da França para o Sistema de Observação da Atmosfera (AOS) no âmbito da cooperação internacional com os EUA ou o Canadá, entre outros. O sistema permitirá a observação espacial e suborbital das relações entre aerossóis, nuvens, convecção atmosférica e precipitação. A Airbus construirá os radiómetros de micro-ondas em França e, quando estiverem concluídos, serão montados em dois satélites AOS.
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