Resumo:
- O PIB Australiano falhou as expectativas de crescimento no ultimo trimestre e registou a primeira contracção seguida desde meio dos anos 2000.
- Lowe do Royal Bank of Australia (RBA) confirma que pode ser obrigado a assumir uma posição mais expansionista embora ainda considere que a direcção do próximo movimento na taxa de juro está balançado
Final de Ano sem brilho
Comece a investir hoje ou teste gratuitamente uma conta demo
Abrir Conta Abrir Conta Demo Download mobile app Download mobile appNos últimos meses a economia australiana registou um crescimento marginal, longe da media das previsões dos analistas. Em termos reais a economia expandiu apenas 0,2%, valor abaixo do consenso que apontava para os 0,3%.O valor anual foi assim revisto para 2.3% , valor longe dos 2.8% esperado pelo RBA, mas a verdadeira preocupação são os sinais que estão a ganhar força.

A economia Australiana cresceu no ultimo trimestre a um ritmo abaixo do esperado Fonte: Macrobond, XTB Research
A desaceleração do crescimento no ultimo trimestre de 2018,que terminou com um crescimento de 2.3 YoY é um factor de preocupação evidente dado que representa uma forte divergência relativamente à expectativa do RBA que apontava para 2.8% YoY. A posição dos consumidores caiu de forma notável no ultimo trimestre com um registo de apenas 2% de crescimento nos gastos, este valor pode não parecer preocupante mas é o ritmo mais lento desde 2013. Como resultado a contribuição para o PIB anual foi de 1.1 pontos percentuais.
Para mais , apesar do ritmo mais lento nos gastos, o rácio de poupança apenas cresceu 2.5%, uma recuperação muito pequena desde os mínimos da década de 2.3%.Isto não é um sinal positivo se considerarmos que a economia Australiana não consegue impulsionar a economia pela via do crescimento. Isto faz com que a economia seja mais sensível a uma desaceleração no crescimento. Outras categorias como o investimento em infraestruturas também contribui para o crescimento ao aumentar 0.3%, as exportações liquidas aumentaram 0,7 pontos percentuais, inventários inalterados, e o crescimento dos gastos do estado, dispararam 1.1%, a contribuição mais alta desde meados de 2016, novamente um sinal que o governo aumentou os gastos por forma a contrariar a débil expansão económica. Se considerarmos o PIB per capita, é o primeiro registo de uma contracção em dois trimestres seguidos desde meio dos anos 2000. Foi o efeito da população crescer mais rápido do que o PIB (0.4% vs. 0.2%).
Isto significa que a economia Australiana oficialmente entrou numa recessão per capita. Para mais estes dados mostram que existe um problema no aumento da produtividade. A falta de crescimento neste campo leva a uma quebra no aumento dos salários, factor que explica porque a inflação segue falhar constantemente o target do RBA. O Rolar australiano caiu fortemente com a divulgação dos dados e está a negociar pressionado contra as principais contra partes com os investidores a considerarem que existe agora 60% de probabilidade de corte na taxa de juro até ao fim do ano.

Comentários do Banco Central ( RBA)
Lowe ( governador do RBA ) reiterou que existe agora um balanço de riscos e que o próximo movimento nas taxas de juros é balançado. Sublinhou que existe uma divergência que está a crescer entre o PIB e o mercado laboral, os bons dados no mercado laboral , excluindo os aumentos dos salários impedem para já uma alteração da taxas de juro. Lowe ,explicou ainda que que as condições de crédito voltaram a piorar mais do que o esperados e que isto significa que o Banco central terá de ponderar um corte na taxa de juro este ano. Outro ponto que o governador sublinhou foi que a queda no preço das casas,está a afectar o consumo em parte devido a expectativas de rendimento. Se estiver certo, deveríamos continuar a observar um aumento nas poupanças nos próximos meses.
Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65 / UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, sobre os mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92 / CE e Diretiva 2011/61/ UE (MiFID II). A comunicação de marketing não é uma recomendação de investimento ou informação que recomenda ou sugere uma estratégia de investimento na aceção do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014 sobre o abuso de mercado (regulamentação do abuso de mercado) e revogação da Diretiva 2003/6 / CE do Parlamento Europeu e do Conselho e das Diretivas da Comissão 2003/124 / CE, 2003/125 / CE e 2004/72 / CE e do Regulamento Delegado da Comissão (UE ) 2016/958 de 9 de março de 2016 que completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas regulamentares para as disposições técnicas para a apresentação objetiva de recomendações de investimento, ou outras informações, recomendação ou sugestão de uma estratégia de investimento e para a divulgação de interesses particulares ou indicações de conflitos de interesse ou qualquer outro conselho, incluindo na área de consultoria de investimento, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. A comunicação de marketing é elaborada com a máxima diligência, objetividade, apresenta os factos do conhecimento do autor na data da preparação e é desprovida de quaisquer elementos de avaliação. A comunicação de marketing é elaborada sem considerar as necessidades do cliente, a sua situação financeira individual e não apresenta qualquer estratégia de investimento de forma alguma. A comunicação de marketing não constitui uma oferta ou oferta de venda, subscrição, convite de compra, publicidade ou promoção de qualquer instrumento financeiro. A XTB, S.A. - Sucursal em Portugal não se responsabiliza por quaisquer ações ou omissões do cliente, em particular pela aquisição ou alienação de instrumentos financeiros. A XTB não aceitará a responsabilidade por qualquer perda ou dano, incluindo, sem limitação, qualquer perda que possa surgir direta ou indiretamente realizada com base nas informações contidas na presente comunicação comercial. Caso o comunicado de marketing contenha informações sobre quaisquer resultados relativos aos instrumentos financeiros nela indicados, estes não constituem qualquer garantia ou previsão de resultados futuros. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros, e qualquer pessoa que atue com base nesta informação fá-lo inteiramente por sua conta e risco.