Abertura do Mercado

05:10 6 de junho de 2019

Por Carla Maia Santos, Senior Broker & Team Leader

 

Os índices acionistas abrem na linha de água a aguardarem a conferência do BCE.

Ontem a UE avançou com um Procedimento dos Défices Excessivos contra Itália, face ao nível elevado de dívida pública. 

O índice e o setor bancário italiano podem ressentir-se e, por osmose, o BCP reage em baixa, uma vez que o setor bancário do sul europeu é visto como um todo. Mesmo assim, o BCP tem mostrado bastante resiliência no último mês e tem conseguido manter-se estável em torno dos 0.25 EUR.

Mas, hoje os investidores estão mais atentos à Conferência do BCE, para perceber se há novas medidas de estímulo a serem acionadas, de forma a estimularem a economia, que tem mostrado sinais constantes de abrandamento económico, justificado pela guerra comercial.

Depois das declarações do presidente da FED terem ido no sentido de mais quebras nas taxas de juro, o que é positivo para as bolsas, e terem levado estas a reagirem em alta, agora os investidores tentam perceber se a baixa nas taxas de juro serão um meio para estimular só a inflação ou, se o abrandamento económico já chegou realmente aos EUA

Ontem a divulgação de dados do mercado laboral ADP vieram muito abaixo do estimado e dos valores anteriores, ou seja, foram criados muito menos empregos, criando incerteza quanto à robustez do mercado norte-americano.

Esta incerteza tornou os investidores cautelosos quanto a novas compras em bolsa.

Os investidores aguardam a divulgação dos principais dados mensais do mercado laboral, divulgados amanhã. Os investidores poderão fazer a leitura de duas formas. Se os dados saírem abaixo do esperado, poderão ter mais um dado negativo para justificar o abrandamento dos EUA. Mas, por outro lado, se os dados saírem negativos, com menos criação do emprego e baixa do nível salarial, condicionando também a inflação, poderão ter a justificação para a FED realmente avançar com o corte nas taxas de juro, estimulando as bolsas. 

O petróleo ontem reagiu em baixa com os stocks de petróleo da EIA a subirem exponencialmente para níveis só vistos em 1990.

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