Por Carla Maia Santos
Team Leader & Senior Account Manager
As bolsas dispararam ontem em alta com as declarações inesperadas de Mario Draghi e com o presidente dos EUA a mostrar-se favorável a um entendimento com a China na reunião do G20. Mas, a grande questão de hoje dos investidores, é se os EUA vão acompanhar as declarações da Europa e se as declarações de Powell poderão colocar os índices acionistas em máximos históricos.
Ontem, o presidente do BCE Mario Draghi avançou com declarações bastante explícitas sobre a vontade de o BCE avançar com medidas de estímulo na Europa. Este discurso dovish fez as bolsas europeias dispararem em alta e o euro face ao dólar reagir em baixa.
As yields a 10 anos dos EUA bateram mesmo em mínimos de setembro de 2017, nos 2.016% e o ouro toca em máximos de 14 meses, com a tensões comerciais entre os dois gigantes económicos a acalmarem.
Hoje, espera-se pouca volatilidade nos mercados durante o dia, com os investidores de 'olhos postos' na conferência da FOMC presidida por Jerome Powell, às 19h. O mercado espera que haja aumentos das taxas de juro para julho e tentam perceber qual a posição dos membros da FED na sua dot plot.
Nesta explosão de notícias positivas, as ações mais voláteis são as que valorizam mais. Vemos assim a Mota-Engil a dominar os ganhos do PSI20. A ME tem muitas operações a decorrerem em países dependentes do petróleo, como Angola e a valorização do petróleo ontem, com a possibilidade de diminuição de tensão entre a China e os EUA, ajuda a Me a reagir em alta, tal como a Galp.