Por Carla Maia Santos, Senior Broker & Team Leader
As bolsas abrem mistas a aguardarem o NFP.
Os investidores aguardam a divulgação dos principais dados mensais norte-americanos do mercado laboral. A leitura destes dados podem ser feitas de 2 formas:
- Se os dados saírem abaixo do esperado, poderão ter mais um dado negativo para justificar o abrandamento dos EUA.
- Se os dados saírem negativos, com menos criação do emprego e baixa do nível salarial, condicionando também a inflação, poderão ter a justificação para a FED realmente avançar com o corte nas taxas de juro, estimulando as bolsas.
As prespetivas de que os EUA poderão voltar atrás nas sanções ao México, contribuiem para um sentimento positivo, uma vez que a guerra comercial encabeçada pelos EUA tem sido a causa principal para o abrandamento global.
O preço do petróleo disparou ontem em alta, com a possibilidade de acordo entre os EUA e o México e com indícios de que a OPEP poderá cortar a produção. Isto depois de uma tendência forte de queda durante este último mês, fazendo com que a Galp lidere os ganhos dentro do PSI20.
Ontem, Draghi referiu que pretende manter as taxas de juro baixas até junho de 2020, alterando o seu discurso, pois anteriormente tinha dito que sería até final do ano de 2019. No entanto, aumentou as prespetivas de crescimento do PIB para este ano, o que é positivo, mas acabou por diminuir estas mesmas prespetivas de crescimento para os anos seguintes.
Não conseguiu assim dar razões concretas, nem de estímulo económico nem de crescimento, para levar os investidores a entrarem em ativos de risco, na Europa, no dia de ontem.