Abertura dos Mercados - 4 de Junho de 2019

04:24 4 de junho de 2019

Por Carla Maia Santos

 

As tensões comerciais entre os gigantes continuam e, apesar da recuperação em alguns índices no dia de ontem, a tendência de curto prazo continua de queda.

Quando os mercados estão em tendência de queda, é normal assistir-se a dias de reação altista forte.

 

O que poderá ajudar a uma reação positiva dos mercados?

 

  • Acordo entre os EUA e a China: O 'lenço branco' das tréguas não parece estar preparado para ser levantado nas mãos do presidente dos EUA. Apesar das eleições presenciais estarem a aproximar-se, e do crescimento bolsista ser um dos seus objetivos, o presidente ainda tem alguns meses para provocar mais esta guerra comercial.

 

  • Diminuição das taxas de juro nos EUA:  a diminuição das taxas é percecionada como positiva para as bolsas. O dinheiro torna-se mais barato, facilitando o acesso ao crédito, seja pelos particulares, como pelas empresas, dinamizando a economia como um todo. Ontem ,o presidente da FED de St. Louis, James Bullard, referiu que as taxas podem ser cortadas no curto prazo, face aos baixos níveis de inflação.

Na Austrália, o Banco Central já avançou com cortes nas taxas para níveis históricos, como medida de estímulo. As taxas fixam-se nos 1.25%.

Hoje, a FED de Chicado organiza, às 15h, uma conferência onde participa Powell. O mercado vai estar atento para perceber se há abertura para a FED avançar com mais medidas facilitistas, podendo dinamizar as bolsas.

Nesta próxima quinta-feira tenta-se perceber qual a posição do BCE em relação ao abrandamento global. Nesta envolvente, os ativos de refúgio ganham protagonismo, com o ouro, iene e franco-suíço a dispararem em alta.

Em Portugal, a Mota-Engil continua pressionada face à dependência que tem dos mercados emergentes. 15% das operações da ME estão em Angola. A economia angolana depende muito do preço do petróleo e a recente queda da cotação do 'ouro negro' coloca as operações de Angola em cheque. As recentes sanções ao México condiciona as suas operações neste país.

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