Destaques da manhã, por André Pires - 26/06/2020

04:51 26 de junho de 2020

Depois de lateralizarem durante a maior parte do dia de ontem, os índices ocidentais conseguiram fechar a sessão no positivo. Contudo, tal como ontem, os mercados europeus acordam de mau humor e devolvem parte dos ganhos de ontem.

O tema principal não mudou. Os números do coronavírus quase bateram novo recorde de novos casos nas últimas 24 horas, naquele que é o terceiro dia consecutivo de subida na taxa de contágios. Para atualizar o balanço: o número total de casos confirmados ultrapassa os 9,71 milhões, dos quais mais de 491 000 são vítimas mortais e mais de 5,25 milhões são recuperados.

O presidente Trump deu garantias de que a situação do coronavírus nos EUA estará sob controle. “As mortes por coronavírus são muito baixas. A taxa de mortalidade é uma das mais baixas do mundo. A nossa economia está a voltar e não será encerrada. E lançaremos brasas e foguetes conforme necessário! ” disse.

A Austrália reportou o maior aumento de novos casos de COVID-19 dos últimos 2 meses.

O governador do BOJ, Kuroda, diz que o PIB do Japão no segundo trimestre deve sofrer considerável contração. É provável que o BOJ faça cortes nas previsões económicas. Os indicador de inflação do Japão para junho (IPC principal de Tóquio) está nos 0,3% y/y, como esperado. Um membro do conselho de política do BOJ diz que o Banco Central vai controlar as taxas de juro para evitar o colapso do sistema financeiro japonês. O JPY é das moedas que mais depreciam hoje. 

A Apple decidiu voltar a fechar 32 lojas. 

Hoje o índice Russell reajusta as cotadas que integram este índices norte-americanos (nomeadamente o Russell 2000 e o Russell 1000, compostos por empresas de pequena e média capitalização bolsista). O evento já é, normalmente, um fator de volatilidade acrescida para os índices. Mas é esperado um número recorde de alterações devido ao impacto do Covid, pelo que a o reajuste deverá provocar uma volatilidade extraordinária.

A Jerónimo Martins aprovou um dividendo de 20,7 cêntimos por ação. E hoje, a Corticeira Amorim também vota uma proposta de dividendo de 18,5 cêntimos. Os dividendos são sempre bem vistos pelos investidores, como um sinal de solidez financeira e adequada estrutura de capital, pelo que não é de admirar alguma recuperação nos preços das suas cotações em bolsa. 

Hoje, às 8:00 BST, a presidente do BCE, Lagarde, fez um depoimento, mas sem novidades para o mercado. Às 13:30 serão divulgados dados sobre os rendimentos e despesas da população americana. Estes dados não costumam ter grande impacto nos mercados e os investidores poderão muito bem estar mais atentos a notícias políticas e a estatísticas pandémica.

O coronavírus continua a espalhar-se pelo mundo. Os EUA registam o maior aumento diário de novos casos COVID-19. Fonte: worldeters, XTB
 

André Pires, Analista na XTB

andre.pires@xtb.pt

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