Resumo:
- Dois membros prominentes da Reserva Federal acreditam que não terão de cortar taxas tão cedo, apesar da inversão da curva de rendimento
- Muita informação da economia do Japão
- Mais uma votação de Brexit terá lugar em Londres
O fim da normalização de políticas
Em horas asiáticas, foram-nos oferecidos dois discursos que valem a pena por parte de dois membros prominentes da Reserva Federal – John Williams e James Bullard. Estes últimos acalmaram os medos de mercado relativos a uma nova recessão que poderia ser derivada do Mercado de bonds (a inversão da curva de rendimentos nalguns segmentos). A Reserva Federal do Banco de Nova Iorque adicionou que o caso mais provavél será um crescimento de 2%, em que a economia continuará a adicionar postos de trabalho, segundo a Bloomberg. Portanto, ele não vê uma elevada possibilidade de recessão neste ano, nem no próximo. Aludindo a curva de rendimentos invertida como um presságio do impedimento de uma recessão, Williams disse que o crescimento seria bastante modesto nos USA e economias globais. Comunicados semelhantes foram proferidos pela Reserva federal do Banco de St. Louis, Bullard disse que enquanto o processo de normalização nos USA poderiam chegar a um fim, seria prematuro contemplar um corte de taxas no momento. Bullard sugeriu que necessitaria de uma variadade maior de spreads de tesouraria para inverter e manter durante vários meses antes de concluir que está a enviar um claro sinal de recessão. Ele vê o crescimento económico como algo que provavelmente irá ter um rebound no segundo trimestre e no resto do ano, com a economia numa posição confortável.
O dólar Americano mete água esta manhã, com ambos os dólares Antipodean a liderar o grupo G10 em ganhos. Tecnicamente, o EURUSD continua a mover-se perto do nível crucial de suporte, mesmo acima dos 1.12. Fonte: xStation5
Informação mista do Japão
Uma variedade de comunicados macroeconómicos oferecidos da parte do Japão acabaram por ser mistas. Primeiramente, os dados de inflação de Tokyo para Março ficaram a 0.9% em termos anuais, de 0.6% mas de acordo com as expectativas. Medidas centrais também estavam em linha com as expectativas postas, os dados são muitas vezes vistos como um indicador líder para números de toda a nação, ainda que não aponte para nenhuma aceleração num futuro próximo. Vendas de retalho para Fevereiro desapontaram produziram um aumento de 0.2% MoM comparado com o expectado aumento de 1%. Dados um bocado mais encorajadores vieram do mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego caiu em Fevereiro de 2.5% para 2.3%, enquanto o rácio de trabalho-candidatura ficou a 1.63. Não há dúvidas que o mercado de trabalho é um dos pontos fortes da economia do Japão, embora que ainda tenha de ter uma maior pressão de preços, para empurrar o crescimento do preço a um nível desejável. Ainda para mais, é altamente improvável que o mercado de trabalho se depare com o mesmo problema que outras economias avançadas, numa escala menor. Por último, produção industrial subiu 1.4% MoM em Fevereiro, como esperado, tendo o maior aumento mensal desde Outubro do ano passado. Os dados parecem estar bem para output industrial noutras economias do mundo, incluindo algumas europeias.
Output industrial do Japão voltou a subir em Fevereiro, produzindo o maior aumento mensal desde Outubro. Fonte: Bloomberg
Noutras notícias:
· Orr, do RBNZ, disse que o banco mantinha o foco nos objectivos de inflação e empregabilidade.
· Parlamento do RU agendado para voltar a votar no acordo de retiro, enquanto procura uma extensão do prazo final (depois de 12 de Abril)
· Shanghai Composite, da China, sobe 3.2% mesmo antes do fecho