O petróleo Brent está a perder 4% hoje, o que pode estar ligado a vários fatores. Os meios de comunicação dos EUA falam de incerteza quanto ao acordo sobre o teto da dívida, uma vez que vários republicanos deixaram claro que não apoiarão o projeto de lei. Além disso, há cada vez mais dúvidas sobre a China e o crescimento da procura.
No entanto, o principal facto que provavelmente apoiará a descida dos preços neste momento é o desacordo no seio do cartel alargado da OPEP+. Recentemente, o ministro do petróleo da Arábia Saudita avisou os vendedores de contratos sobre a possibilidade de uma Acão da OPEP+, o que poderia sugerir outro potencial corte de produção. Por outro lado, o Ministro da Energia da Rússia afirma que a Rússia está satisfeita com a atual evolução dos acontecimentos e dos preços. No entanto, há sinais de que a Rússia pode estar a produzir e a exportar mais do que o previsto nos acordos internos do cartel. Este facto ameaça uma potencial "rutura" de todo o acordo, o que poderia levar a um retorno do fornecimento de até 2 milhões de barris por dia, embora, obviamente, se tenha de ter em conta a capacidade limitada para um aumento tão rápido da produção. No entanto, recentemente, o Iraque e os Emirados Árabes Unidos terão dado a entender que gostariam de produzir mais.
As fortes descidas do Brent foram desencadeadas pela incerteza quanto à sustentabilidade do acordo OPEP+ e pela incerteza quanto à procura por parte da China ou a nível mundial, caso os EUA acabem por entrar em falência. O suporte mais próximo é de cerca de 68 dólares por barril, onde a retração de 23,6 está localizada. Fonte: xStation5
