A inflação mantém-se em máximos dos últimos 13 anos

13:46 11 de agosto de 2021

O relatório da Bureau of Labor Statistics mostrou hoje que o índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 5,4% durante o mês de julho em termos homólogos, em linha com os números de junho e correspondendo ao maior aumento desde agosto de 2008. Em termos mensais, os preços ao consumidor subiram 0,5% em julho. A categoria que mais contribui para o aumento dos preços foi no setor da alimentação, carros novos e habitação, enquanto que os custos de energia e carros novos continuam a aumentar.

 

 

A taxa de inflação dos preços ao consumidor nos EUA ainda permanece em máximos dos últimos 13 anos , refletindo o efeito de base do ano passado e a reabertura da economia que continua a apresentar limitações sobre a oferta. Fonte: Bloomberg via ZeroHedge

No entanto, a atenção dos investidores foi para os dados sobre o core da inflação, que posicionou-se nos 4,3% em julho, em comparação com 4,5% no mês anterior e em linha com as estimativas dos analistas. O índice de carros e camiões usados aumentou 41,7% em relação ao ano anterior e o índice de veículos novos aumentou 6,4%, registando o maior aumento em 12 meses desde de janeiro de 1982. O índice de habitação aumentou 2,8% nos últimos 12 meses. Em termos mensais, o core da inflação subiu 0,3% no mês passado, um pouco abaixo das expectativas dos analistas que apontavam para um aumento de 0,4% e bem abaixo do valor registado de 0,9% durante o mês de junho.

 

 

Os dados sobre o core do CPI apresentaram uma ligeiro abrandamento, mas os dados ainda permanecem elevados. Fonte: Bloomberg via ZeroHedge

Por um lado, os dados de hoje podem sugerir que o aumento da inflação pode ter atingido o seu pico, com o core do IPC a subir apenas 0,3% em julho, registando o menor aumento dos últimos 4 meses.
Os dados provocaram logo reações nos mercados, apesar do último relatório do NFP ter apontado para pressões inflacionárias sobre os salários.
No entanto, se a inflação começar a dar sinais de abrandamento, as pressões por parte da Fed, sobre eventuais alterações em torno da atual política monetária, poderão ficar para segundo plano. 

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