Resumo:
- GBP cai novamente
- Nenhum desenvolvimento tangível na "frente do Brexit"
- FTSE sobe para valores de há quase dois meses
A libra continua em queda, com o par GBP/USD descendo para o nível mais baixo das últimas duas semanas, em reação aos últimos eventos que involvem o tema do Brexit. Os desenvolvimentos políticos nessa frente têm sido os maiores responsaveis pelos movimentos da libra esterlina desde o referendo de 2016. Com os parlamentares a voltar para Westminster, houve uma série de críticas e acusações entre partidos, mas o quadro geral permanece inalterado.
A libra a cair mais do que os seus pares e está no caminho do segundo dia consecutivo de queda. Fonte: xStation
Duas mensagens divergente, uma de um diplomata da UE e outra de um ministro junior do Brexit, provocam volatilidade a curto prazo depois do primeiro declar que as negociações chegavam a um beco sem saída enquanto o segundo afirmava que a discusssão estaria aberta no que toca à reabertura do acordo de saída. Como é costume, quando as notícias relacionadas ao Brexit são ambíguas, estas refletem-se bo mercado apenas como ruído. As notícias a reter continuam a ser aquelas que revelem progressos tangíveis de segundo plano, os desenvolvimentos em torno da solicitação de uma prorrogação do prazo de 31 de outubro e também o noticias que possam indicar quando se dará a, aparentemente inevitável, eleição geral.
FTSE sobe para valores de há quase dois meses
Um dos beneficiários da retração da libra é o FTSE 100 (UK100 na xStation), com o benchmark a subir para níveis perto dos do início de agosto. A zona dos 7375-7400 deu alguma resistência técnica e limitou quaisquer avanços nas últimas 8 semanas. Pode ser crucial no futuro a forma como o mercado irá reagir em torno desse nível. Também vale a pena mencionar a amplitude dos ganhos, já que apenas 10 ações não conseguindo juntar-se ao momentum gerado, à hora que esta redação foi feita.
A principal referência (Benchmark) em ações do Reino Unido teve ganhos nas duas últimas sessões, já que a libra esteve em queda, regreçando à zona de resistência em torno dos 7375-7400, que coincide com a retração de 50% de Fib dos grandes declínios observados no verão. Fonte: xStation