Abertura de Mercado, por André Pires

05:55 5 de fevereiro de 2020
A sessão americana e asiática fecharam ontem no verde, beneficiando do humor do mercado e do regresso da apetência ao risco. 
O coronavírus já fez 490 vítimas mortais, com poucas vítimas fora da China continental, mas a situação não parece estar a agravar-se.
 
Durante o seu discurso anual de State of the Union, o presidente Trump fez um apanhado dos sucessos do seu mandato, em especial na economia. De facto, segundo sondagem da Gallup, o presidente americano tem a mais alta taxa de aprovação económica dos últimos vinte anos. 
O tom do discurso poderá imprimir mais confiança nos mercados, mantendo-os em alta hoje. 
 
Os índices europeus abrem a sessão ligeiramente no verde, à espera de dados mais concretos para definir a tendência. 
O Eurostat divulga as vendas a retalho na Zona Euro de dezembro. Esse mês é especialmente importante para o setor, devido à época natalícia. 
No calendário económico, teremos ainda o índices dos gestores de compras (PMI) relativos a janeiro, publicados pela IHS Markit, tanto para a  Zona Euro (9:00) como para a Alemanha (8:55) e Reino Unido (9:30). Os PMI da Espanha e da itália já foram publicados esta madrugada e desiludiram ligeiramente.
 
Nos Estados Unidos, teremos dados do emprego (13:15) e da balança comercial (13:30). A Ford, Disney e Snap estarão a reagir hoje aos resultados trimestrais publicados ontem já depois do fecho da sessão de Wall Street. Entre as três, a única que não desiludiu os investidores foi a Disney, com o seu serviço de streaming a surpreender pela positiva.
 
O petróleo voltou a cair ontem, com a Rússia a mostrar resistência à sugestão da Arábia Saudita de se realizarem mais cortes na produção. No entanto, o petróleo já está à procura da recuperação esta manhã. A reunião da OPEP+ será concluída hoje. Nova reunião poderá ocorrer no dia 14 deste mês.
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