ABERTURA DOS EUA: Índices em forte queda com novas tarifas prestes a entrar em vigor

11:44 21 de março de 2025

Ações recuam com tarifas de abril se aproximando

Tesla mostra resiliência, enquanto Musk pede aos funcionários que mantenham as ações

Lockheed Martin e Boeing disputam contrato de jatos do governo

Wall Street devolve os ganhos dos últimos dois dias, à medida que os investidores continuam digerindo os sinais mistos do Federal Reserve e precificando as possíveis consequências das tarifas recíprocas que entrarão em vigor em 2 de abril. Todos os principais índices iniciaram o pregão desta sexta-feira em queda: S&P 500, Dow Jones e Nasdaq recuam 0,8%, enquanto o índice de small caps Russell 2000 cai 1,1%.

Apesar do pessimismo crescente, a confiança nas ações ainda está longe de desaparecer por completo. Fundos de ações receberam os maiores fluxos semanais de entrada em 2025, com o Bank of America destacando que muitos investidores ainda acreditam que a guerra comercial pode não prejudicar de forma significativa a economia ou o mercado de ações — indicando uma resiliência existente, mesmo diante dos desafios atuais.

Um mar de quedas em Wall Street hoje.
Fonte: xStation5

US500 (D1)
Após uma forte abertura ontem, o S&P 500 agora enfrenta uma correção significativa, já que o sentimento do mercado continua em tendência de baixa em meio à alta incerteza e à queda na confiança dos consumidores e das empresas. No entanto, após um mês de perdas consecutivas, o índice caminha para encerrar a semana de negociações em território positivo.

Fonte: xStation5

Notícias corporativas:

  • Alnylam (ALNY.US) sobe 8,6% após obter aprovação expandida da FDA para o Amvuttra no tratamento de ATTR-CM, desafiando a franquia de US$ 5 bilhões do Vyndamax da Pfizer. A medida aumenta o potencial de crescimento da Alnylam em um mercado subdiagnosticado, onde cerca de 80% dos casos não são detectados, criando espaço para diversos concorrentes. A recente entrada da BridgeBio aumenta ainda mais a competitividade no segmento.

  • FedEx (FDX.US) despenca 10% após cortar sua projeção de lucro pelo terceiro trimestre consecutivo, citando inflação e demanda fraca. O lucro ajustado agora está entre US$ 18 e US$ 18,60 por ação, abaixo das estimativas. A empresa enfrenta pressão do enfraquecimento industrial, incertezas tarifárias e mudanças nos padrões de consumo. FedEx planeja separar sua divisão de fretes para simplificar as operações.

  • Lockheed Martin (LMT.US) e Boeing (BA.US) aguardam a decisão da Casa Branca sobre o contrato do caça de próxima geração (Next-Gen Air Dominance). O vencedor participará de um programa de US$ 16 bilhões para substituir o F-22, com anúncio previsto para sexta-feira. A decisão ocorre em meio a preocupações com os avanços da China em tecnologia de caças de sexta geração e críticas de Elon Musk sobre os custos. A ação da Lockheed Martin sobe 1,6%.

  • Nike (NKE.US) recua 8,8% após queda pré-mercado de 7%, com seu plano de reestruturação enfrentando desafios como excesso de estoque e tarifas. O CEO Elliott Hill foca em esportes e parcerias no varejo, mas as vendas fracas na China e a queda no tráfego digital pesam, apesar de alguns sinais de recuperação. Analistas preveem um processo longo e volátil, com lançamentos de produtos e mudanças no marketing sendo cruciais.

  • Tesla (TSLA.US) sobe 2,3% após Elon Musk reunir os funcionários e incentivá-los a manter suas ações, reforçando a visão de longo prazo da empresa. As ações da Tesla caíram mais de 50% em três meses — uma das quedas mais acentuadas da sua história — pressionadas por desacelerações na produção, críticas políticas e incertezas quanto ao portfólio de produtos futuros.

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