Abertura dos Mercados - 3 de Junho de 2019

06:56 3 de junho de 2019

Abertura dos Mercados

Por Carla Maia Santos

 

As bolsas abrem em baixa, nesta segunda-feira, com os EUA a 'estenderem as teias' da guerra comercial, sobre o México.

Apesar de há uns meses atrás, os EUA terem colocado em causa a Nafta - zona de comércio livre entre EUA, Canadá e México - acabou por se conseguir reformular o acordo, mantendo a Nafta a decorrer.


No entanto, os EUA voltaram com a palavra atrás e impuseram taxas de 5% sobre as importações mexicanas, podendo estas taxas aumentar para 25%, nos próximos meses.

Mais preocupante do que aumentar os visados da guerra comercial, os investidores preocupam-se ao perceberem que os acordos entre os EUA e os parceiros podem ser desfeitos a qualquer altura. 

A guerra comercial não parece abrandar e com ela os receios sobre o abrandamento global aumentam.
 

Na China, as tensões comerciais continuam, agora a colocar a FedEx sobre monitorização, alegando que esta está a colocar em causa os direitos legais dos clientes. À semelhança do que o que os EUA fezeram à Huawei.

Os investidores começam a refazer as suas expetativas e já acham muito difícil os EUA e a China entrarem em acordo na próxima reunião do G20.

Com as tensões comerciais a agravarem-se e com os bears a dominarem as bolsas, os investidores e analistas já preveêm mesmo dois cortes das taxas de juro, ainda este ano. A título de exemplo, a JPMorgan, só previa aumento das taxas em 2020 e acaba por prever agora dois aumentos em 2019.

O abrandamento global coloca pressão nas matérias-primas como o petróleo e o cobre, considerado o barómetro da economia.

As yields das obrigações a 10 anos dos EUA continuam a cair, atingindo mínimos de setembro de 2017.

Por outro lado, os ativos de refúgio disparam em alta, como o ouro, franco-suíço e iene.

Em Portugal, as empresas mais dependentes do comércio externo são as que mais desvalorizam.
É o caso da Mota-Engil, que tem grande exposição a países emergentes e bastante dependentes do preço do petróleo, como Angola. A queda do preço do petróleo coloca em causa a solvabilidade de alguns países e, consequentemente, coloca em causa a capacidade de pagamento à ME.

A queda do preço do ouro negro pressiona também a Galp.

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