As ações da Freeport-McMoRan recuam cerca de 4% nesta terça-feira (15), pressionadas pelo rebaixamento de recomendação feito pelo Morgan Stanley, apesar do cenário favorável para os preços do cobre e do ouro. A medida reflete preocupações crescentes de que a recente alta do papel possa já ter incorporado grande parte do otimismo de curto prazo — o que limita o potencial de valorização, segundo estrategistas de mercado. O Morgan Stanley espera que as tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre o cobre afetem a demanda, pressionando os negócios da Freeport.
Morgan Stanley rebaixa Freeport-McMoRan para "Equalweight"
- O banco de investimentos reduziu sua recomendação para a ação de "Overweight" (acima da média do mercado) para "Equalweight" (em linha com o mercado), citando uma relação risco-retorno mais equilibrada. Apesar de elevar o preço-alvo para US$ 54 (ante US$ 45), o Morgan Stanley avalia que o recente rali das ações — atualmente cotadas em torno de US$ 46 — limita o espaço para ganhos adicionais no curto prazo.
- Analistas observaram que, embora os fundamentos de longo prazo permaneçam atraentes, há poucos gatilhos de crescimento imediato no horizonte. Isso modera o entusiasmo após um retorno acumulado de 20,8% no ano, segundo dados da InvestingPro.
- A Freeport está atualmente sendo negociada a 5,1 vezes o EBITDA estimado para 2026 e a 12,3 vezes o lucro por ação projetado para 2026 — múltiplos ainda abaixo da média de 5 anos, mas que, após a valorização recente, aproximam o papel de seu valor justo.
- Embora a Freeport deva se beneficiar das tarifas dos EUA sobre importações de cobre — o que pode elevar os preços domésticos do cobre na COMEX — alguns analistas adotam uma postura mais cautelosa. O Citi, por exemplo, manteve sua recomendação "Neutra", enquanto o Morgan Stanley enfatizou o potencial limitado de valorização no curto prazo.
- Diversas corretoras, incluindo a Raymond James, destacaram a exposição da Freeport a riscos regulatórios e jurisdicionais na Indonésia — fator estratégico importante para investidores globais atentos à base de ativos da companhia no longo prazo.
- Enquanto casas como a Stifel (preço-alvo de US$ 56) e a CFRA (US$ 57) reforçaram suas visões otimistas, o rebaixamento de hoje criou um consenso mais dividido entre analistas, influenciando o sentimento do mercado no curto prazo.
A queda nas ações da Freeport hoje parece estar mais relacionada a posicionamento e expectativas do que aos fundamentos. Após uma forte valorização neste ano, o mercado passa a ajustar a percepção de que novos avanços podem não ocorrer sem catalisadores adicionais.
Fonte: xStation5
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