Os resultados da maior cadeia de retalho dos EUA, WalMart (WMT.US), mostraram que a empresa continua a apresentar resultados sólidos, apesar da atual conjuntura económica. O relatório mostrou que a aposta da empresa nos produtos de mercearia, em detrimento de bens "discricionários" como electrodomésticos, electroportáteis e outros, produziu os resultados pretendidos. As vendas no comércio eletrónico aumentaram 24% em termos anuais, com um crescimento de quase 6,3% das receitas provenientes das vendas nos EUA - o principal mercado da empresa. Em comparação, a rival Target (TGT.US) registou ontem um decréscimo de 5,4% nas vendas anuais nos EUA e uma previsão mais fraca para o ano inteiro.
Receitas: 161,6 mil milhões de dólares contra uma previsão de 160,22 mil milhões de dólares (aumento de 5,7% em relação ao ano anterior)
Lucro por ação (EPS): 1,84$ vs.1,71$ previstos
Fluxo de caixa livre (FCF): 9 mil milhões vs. 0,2 mil milhões no primeiro trimestre
Inventários: menos 7.1% y/y
- A empresa reviu em alta as perspectivas para o resto do ano. A WalMart espera conseguir ter lucros por ação de 6,36 a 6,46 dólares americanos (os analistas esperavam 6,3 dólares, anteriormente a WalMart tinha indicado um intervalo de 6,1 a 6,2 dólares), com um crescimento das vendas líquidas de 4 a 4,5% em relação ao ano anterior (3,5% nas estimativas anteriores);
- As receitas do segmento e-commerce representam agora 15% do lucro líquido da empresa, com 24 mil milhões de dólares de receitas. As receitas de publicidade aumentaram 36% e o número médio semanal de utilizadores das aplicações digitais do WalMart aumentou mais de 20%, com um aumento de 14% na atividade do mercado;
- As vendas comparáveis, excluindo o combustível, aumentaram 5,5% contra a previsão de 4,1% de Wall Street. As receitas dos cartões de membro do Sam's Club aumentaram 7%, com a empresa a destacar a crescente popularidade na China e a expansão do mercado nesse país;
- As receitas das vendas internacionais registaram um aumento de 11% em relação ao ano anterior. O lucro operacional ajustado aumentou 8,1% em relação ao ano anterior, e a margem líquida melhorou 1,5%. O excelente desempenho do fluxo de caixa livre dá uma esperança considerável de leituras ainda melhores nos próximos dois trimestres - sazonalmente muito mais fortes.
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A margem bruta do WalMart registou uma taxa de crescimento positiva, no entanto, diminuiu ligeiramente durante o resto do trimestre. Fonte: WalMart
As receitas aumentaram, mas nota-se um abrandamento. Fonte: WalMart
Os custos da empresa mantêm-se relativamente baixos e não aumentaram significativamente apesar da inflação - representam cerca de 20,3% do resultado líquido. Fonte: WalMart
Gráfico D1 das ações da WalMart. Fonte: xStation5
