Ações europeias recuperam terreno; DAX 40 tenta romper zona de suporte 💡

Os índices acionários europeus registram ganhos moderados nesta segunda-feira. Os contratos do DE40 sobem mais de 0,55% hoje, enquanto o EU50 avança 0,87%. No campo dos dados, a atenção dos investidores esteve voltada para os números da inflação ao produtor na Suíça e, mais tarde, para o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE.

Os mercados acionários europeus permanecem presos em uma tendência lateral, com o Stoxx Europe 600 entregando retornos praticamente nulos desde março e sem conseguir superar o desempenho dos mercados norte-americanos. A exposição a vários setores faz com que os melhores resultados de empresas domésticas sejam compensados pela pressão sobre exportadoras, especialmente no contexto das tarifas e do euro mais forte. Estratégias do UBS apontam oportunidade de retomada do crescimento graças às previsões de melhora nos lucros em 2026, mas ressaltam que são necessárias revisões claras nas estimativas de EPS no nível de índice, que atualmente permanecem baixas.

Fonte: Bloomberg Financial LP

O sentimento no mercado de ações segue levemente otimista, mas ganhos e perdas potenciais ainda são limitados pelos altos fluxos para caixa e pelo risco de forte rotação de portfólios no fim do trimestre. No curto prazo, as decisões do Federal Reserve e do Banco da Inglaterra continuarão sendo fundamentais e, diante de avaliações recordes e volatilidade historicamente baixa, carteiras seguem protegidas contra um possível enfraquecimento nos dados do mercado de trabalho.

Fonte: xStation

DE40 – Análise Técnica

O índice alemão DE40 sobe 0,5% na sessão de hoje e mais uma vez tenta se recuperar da zona de suporte marcada pela média móvel exponencial de 100 dias (curva roxa no gráfico). Enquanto o DE40 permanecer acima dessas zonas, a tendência de alta de longo prazo continua sustentável. O RSI de 14 dias negocia próximo a 46 pontos, o que pode indicar que os preços atuais seguem relativamente próximos à média da dinâmica das últimas 14 sessões.

Fonte: xStation

Notícias Corporativas

• UBS (UBSG.CH) – O banco avalia transferir suas operações para os EUA em resposta às novas exigências de capital impostas pelos reguladores suíços, que obrigariam a instituição a aumentar suas reservas em US$ 26 bilhões, possivelmente limitando sua competitividade global. Segundo o New York Post, o UBS está em negociações com o governo Trump e reguladores suíços para tentar aliviar essas exigências. A possível mudança poderia ocorrer por meio de fusão ou aquisição de um banco americano. Até o momento, o UBS não comentou oficialmente a informação.

• AstraZeneca (AZN.SE) – As ações caíram até 2,9%, maior queda desde 1º de agosto, após o Handelsbanken reduzir a recomendação de “compra” para “manter”. O banco destaca que a projeção de vendas para 2030 é de US$ 76 bilhões, abaixo da meta de US$ 80 bilhões da empresa, e que o mercado subestima o impacto do fim da patente do Farxiga, especialmente diante de concorrentes emergentes. A expectativa é que a AstraZeneca apresente previsões cautelosas para 2026. O preço-alvo foi reduzido de SEK 1.800 para SEK 1.625, enquanto a ação negocia em torno de SEK 1.449.

• Orsted (ORSTED.DK) – Caiu até 2,1% após anunciar detalhes de um aumento de capital de DKK 60 bilhões (US$ 9,4 bilhões) para fortalecer seu balanço nos próximos anos. Analistas do Citi classificaram a operação como “altamente dilutiva”, mas necessária para melhorar a posição financeira no curto prazo, com potencial limitado para novas vendas de ações no desconto oferecido.

• Sainsbury (SBRY.UK) – Ação subiu 5,4% após reportagens no fim de semana indicarem negociações para vender sua unidade de varejo Argos à chinesa JD.com, embora as tratativas tenham sido encerradas em seguida. Analistas avaliam que a venda faria sentido estratégico, permitindo ao Sainsbury focar no setor de alimentos e reduzir preocupações dos investidores com o segmento não alimentar.

Fonte: Bloomberg Financial LP

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