As ações da Apple subiram 5,90% nesta quarta-feira, alcançando US$ 215 por ação, após o presidente Donald Trump anunciar que a gigante de tecnologia investirá mais US$ 100 bilhões na manufatura dos Estados Unidos. Isso eleva o compromisso doméstico total da empresa para US$ 600 bilhões ao longo de quatro anos. A iniciativa busca realocar uma parte maior da cadeia de suprimentos da Apple para os EUA, especialmente no que diz respeito a componentes-chave. O CEO Tim Cook deve participar de um evento na Casa Branca vinculado à agenda “America First” do governo. O investimento inclui uma nova fábrica em Houston e diversos projetos com fornecedores em todo o país. Um dos objetivos da Apple é mitigar o risco das tarifas de 25% propostas sobre iPhones montados no exterior, principalmente na Índia.
O anúncio impulsionou o sentimento geral do mercado, com os índices acionários dos EUA em alta: o US500 sobe 0,80%, enquanto o US100 avança 1,25%. A promessa de investimento vem em meio à pressão crescente para que a Apple reduza sua dependência da produção no exterior e evite tarifas punitivas, especialmente após a decisão da administração Trump de dobrar as tarifas sobre produtos indianos para 50%.
A Apple pretende concentrar seus investimentos nos EUA em produtos premium e infraestrutura de inteligência artificial (IA), em vez da fabricação em massa de dispositivos. Embora isso não represente uma realocação completa da produção, o alinhamento estratégico entre Cook e o presidente pode garantir isenções tarifárias e proteger as margens de lucro, o que potencialmente dá à Apple uma vantagem competitiva em relação a rivais como a Samsung.
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