Resumo:
- Dólar Australiano lidera ganhos no grupo G10 seguindo as minutas do RBA com os exportadores a protegere as suas posições
- Vice Governador do PBoC sugere que ainda há espaço para cortes nas taxas de juro, incluindo o RRR, mas que este espaço não é tão grande como as pessoas
- Casa Branca nega revelações sobre cortes de impostos sobre o salário com o objective de vitar a desacelaração económica, Donald Grump pede à Fed uma redução de 100 pb
Aussie no topo
Minutas da última reunião do Banco de Reserva da Austrália suportam o dólar australiano que lidera os ganhos nesta manhã. A conta mostrou que o banco central iria considerar mais facilitamento de políticas se necessário, contudo, antes de o fazer, teriam de avaliar o desenvolvimento da economia doméstica e global. Ainda para mais, o documento apontou que seria razoável esperar uma extensão de período de baixas taxas de juro, e que os riscos para a economia australiana seriam mais inclinados para o negativo no curto-prazo, equilibrando-se ao decorrer do tempo. As minutas também reafirmaram um melhor outlook do crescimento económico à custa das últimas duas reduções seguidas, cortes nas taxas e gastos nas infraestruturas. Em termos de pressões inflacionárias, o RBA prendeu-se ao ponto de vista de que essas pressões trariam riscos pessimistas para alguns componentes do CPI. Este resultado, germina do facto de que ainda existe espaço no mercado laboral doméstico do que previamente, daí haver espaço para que o crescimento de salário aumente notavelmente. O Aussie beneficiou do comunicado dado que os exportadores escolheram proteger as suas posições, reportado pela Bloomberg. O AUD está a subir 0.35% contra o greenback esta manhã, e também foi beneficiado pelo senitmento positivo experenciado pelos mercados asiáticos, onde os compradores prevaleceram com o KOSPI sul coreano a subir tanto como 1.2%, a melhor performance na Àsia.
Espaço para corte de taxas, e a (não) flexibilizacão fiscal nos EUA
Durante as horas de negociação asiáticas, foi-nos oferecido um discurrso do Vice Governador Liu, que sugeriu que ainda havia espaço para cortes nas taxas nomeadamente a RRR, contudo, este espaço não é tão grande como pensam. Também referiu a reforma de taxas premium de empréstimos (LPR) – o banco central chinês estabeleceu a taxa de referência pela primeira vez depois de uma reformulação na Terça-feira, sugerindo que o país ainda necessita de tempo para observar os efeitos desse caminho. De acordo com Liu, os atuais diferenciais de taxas não propõem pressão no yuan, sinalizando implicitamente que a último desvalorização CNY foi principalmente devido à forte procura de greenback dolars, no final de contas do conflito comercial. Além disso, algumas revelações sobre um possível corte nos impostos sobre a folha de pagamento nos EUA ocorreram durante as negociações ásiaticas, mas foram negadas por um funcionário da Casa Branca. A informação foi trazida pelo Washington Post, sugerindo que possíveis cortes de impostos na folha de pagamento evitariam uma potencial recessão, reforçando os gastos do consumidor. O funcionário da Casa Branca também acrescentou que “mais cortes de impostos para indivíduos estão a ser discutidos, mas os impostos sobre os salários não estão sob consideração”. Lembramos que os americanos pagam um imposto sobre os salários de 6,2% sobre seus rendimentos, que é usado para financiar programas sociais. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Federal Reserve que reduza as taxas em 100 pontos-base " num período de tempo relativamente curto" e sugeriu que o banco central também deveria considerar alguma flexibilização quantitativa.
O KOSPI da Coréia do Sul (contrato KOSP200 - CFD) rompeu sua resistência de curto prazo localizada nas proximidades de 256 pontos. Fonte: xStation5
Noutras Notícias:
- Rosengren da Fed ainda quer mais provas de um atraso para justificar mais algum corte de taxas, o que sinaliza a possivel discordância entre ele e os outros membros, quando voltarem a este tema na reunião do próximo mês.
- A China está, reportadamente, a considerar permitir governos provinciais a emitir mais dívida para o investimento em infrestruturas, de acordo com a Bloomberg.