Coca-Cola divulgou hoje seus resultados do 4T24. Um dos maiores produtores de refrigerantes rompeu sua sequência negativa do trimestre anterior, registrando uma recuperação nos volumes de vendas. Além disso, os resultados se contrastam com o relatório da PepsiCo da semana passada, que foi recebido de forma mais cautelosa pelos investidores.
As ações da Coca-Cola subiram mais de 3% no pré-mercado. Fonte: xStation.
No nível de receita, apesar da tendência de queda trimestral contínua, a empresa reportou resultados melhores do que no ano passado, superando as dificuldades do trimestre anterior. Além disso, no 4T24, o volume de vendas aumentou 2% em relação ao ano passado.
Isso é particularmente significativo para os investidores, dado as quedas no volume no trimestre anterior. Restaurar a força do mercado—especialmente entre os consumidores dos EUA—será essencial para manter o impulso de crescimento da empresa nos próximos trimestres.
A empresa também melhorou sua rentabilidade, com uma margem operacional de 24% (comparada a 23,1% no ano anterior). Embora fatores externos, como flutuações cambiais, tenham impactado a margem operacional no quarto trimestre, o forte crescimento orgânico das vendas de 14% (em comparação com os 7,2% previstos) desempenhou um papel importante no apoio à rentabilidade.
Desta vez, o efeito preço/mix—representando o impacto das mudanças no mix de produtos e preços na receita—foi ainda mais pronunciado. Ficou em 9% no 4T, em comparação com os 6,7% previstos.
Para 2025, a empresa espera um crescimento do lucro por ação ajustado de 2-3% e um crescimento orgânico da receita de 5-6%, ligeiramente abaixo da estimativa de consenso de 7%. Apesar dessa ligeira desaceleração, a Coca-Cola entregou fortes resultados financeiros e aliviou algumas preocupações sobre as condições de mercado que haviam se acumulado entre os investidores após o relatório de lucros anterior.
RESULTADOS DO 4T24:
- Lucro por ação ajustado (EPS): $0,55 (previsão: $0,52)
- Receita operacional ajustada: $11,5 bilhões (previsão: $10,67 bilhões)
- Crescimento orgânico da receita ajustada: +14% (previsão: +7,24%)
- Efeito preço/mix: +9% (previsão: +6,71%)
- Mudança nas vendas de concentrado: +5% (previsão: +0,56%)
- Volume de unidades por caso: +2% (previsão: -0,21%)
- Volume de unidades por caso em bebidas nutricionais, sucos, laticínios e bebidas à base de plantas: -1%
- Volume de unidades por caso em refrigerantes gaseificados: +2%
- Volume de unidades por caso em água, bebidas esportivas, café e chá: +2%
- Margem operacional: 24% (vs. 23,1% no ano passado); previsão: 22%
PERSPECTIVA PARA O ANO COMPLETO:
- Crescimento esperado do EPS ajustado: +2% a +3%
- Crescimento esperado da receita orgânica ajustada: +5% a +6% (previsão: +7,09%)
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