DAX Alemão recua após atingir máxima histórica; Bayer avança com lucros fortes

Bayer salta 11% após lucros fortes; mercados europeus apresentam desempenho misto

As ações da Bayer AG subiram 11% nesta terça-feira após a companhia divulgar lucros do primeiro trimestre acima das expectativas, impulsionando o sentimento entre investidores e tornando a empresa uma das principais altas do dia.

Já a Munich Re reportou uma queda no lucro líquido do primeiro trimestre, de €2,12 bilhões para €1,09 bilhão em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando uma desaceleração após resultados robustos em 2024.

As ações da Hannover Re caíram 3,2%, sendo a segunda pior performance do índice Stoxx 600 de Seguradoras, após resultados considerados fracos. O JPMorgan descreveu os números como "nada animadores".

Mercados europeus operam de forma mista nesta terça-feira

O desempenho das bolsas na Europa é dividido, com a maioria dos índices operando em território negativo, refletindo realização de lucros após os ganhos do dia anterior impulsionados pela trégua comercial entre EUA e China.

• Espanha (SPA35) é o destaque positivo do dia, com alta de 0,66%, a 13.753 pontos.

• Itália (ITA40) também se mantém no azul, com leve avanço de 0,03%, a 39.497 pontos.

Entre os índices que operam em queda:

• Suíça (SUI20): -0,46%, a 12.210

• Áustria (AUT20): -0,46%, a 4.284

• Holanda (NED25): -0,69%, a 917,45

• Índice pan-europeu (EU50): -0,31%, a 5.380,6

• Alemanha (DE40): -0,27%, a 23.676,8

• Reino Unido (UK100): -0,24%, a 8.602,0

• França (FRA40): -0,16%, a 7.859,7

• Polônia (W20): -0,21%, a 2.838,6

O movimento de queda generalizada ocorre após os ganhos expressivos de segunda-feira, sugerindo um comportamento de cautela renovada ou realização de lucros por parte dos investidores.

Retornos do DAX por Setor. Fonte: Bloomberg Financial LP

A volatilidade está sendo observada atualmente no mercado europeu mais amplo.

Índice DE40 da Alemanha recua de forma modesta após atingir nova máxima histórica

O índice DE40 da Alemanha está recuando de forma moderada após registrar uma nova máxima histórica ontem, mas permanece acima do nível de retração de Fibonacci de 23,6% e da média móvel de 50 dias (SMA) — ambas atuando como zonas-chave de suporte. Os compradores (bulls) buscarão manter o ímpeto acima das máximas recentes para confirmar o rompimento, enquanto os vendedores (bears) podem tentar empurrar o índice para baixo desses níveis, tendo a SMA de 50 dias como alvo de curto prazo. O RSI está cedendo ligeiramente abaixo da zona de sobrecompra, sinalizando uma possível perda de força no movimento altista. Enquanto isso, o MACD começa a se estreitar, sugerindo cautela, pois a pressão compradora pode estar perdendo fôlego.
Fonte: xStation

Notícias de Mercado

• Bayer AG: As ações subiram 11% após lucros do primeiro trimestre superarem as expectativas. O EBITDA ajustado foi de €4,09 bilhões (US$ 4,54 bilhões), acima da estimativa de €3,88 bilhões. A divisão farmacêutica liderou o desempenho, com vendas de €4,55 bilhões, impulsionadas pelos medicamentos:

  • Nubeqa (câncer): €515 milhões (vs. €427,3 milhões estimados)

  • Kerendia (doença renal): €161 milhões (vs. €131,7 milhões estimados)

  Esses resultados compensaram a queda nas vendas do anticoagulante Xarelto, que está perdendo proteção de patente. O CEO Bill Anderson manteve a projeção para 2025, apesar da incerteza cambial e tarifária, dizendo:
  "Em um ambiente mais estável, provavelmente teríamos ajustado nossa orientação para a divisão farmacêutica para cima."
  Analistas do Morgan Stanley classificaram os resultados como uma “surpresa de alta qualidade”. A divisão de agroquímicos decepcionou, com vendas fracas de pesticidas e queda nos preços do glifosato. Desde que assumiu, Anderson já cortou cerca de 11.000 empregos como parte da reestruturação operacional.

• Munich Re: O lucro líquido caiu para €1,09 bilhão no 1º trimestre, ante €2,12 bilhões no mesmo período de 2024. O lucro por ação (EPS) caiu de €15,77 para €8,34, apesar de a receita de seguros ter subido para €15,81 bilhões (vs. €15,06 bilhões no ano anterior). A empresa manteve a projeção para 2025, com lucro líquido esperado de €6 bilhões e receita de seguros de €64 bilhões.

• Hannover Re: As ações caíram 3,2%, tornando-se a segunda pior do índice Stoxx 600 de Seguradoras, após divulgar resultados considerados fracos pelo JPMorgan, que os descreveu como "números não exatamente bonitos". O lucro líquido do 1º trimestre caiu 14%, para €480 milhões, embora acima do esperado. O índice combinado de seguros patrimoniais piorou para 93,9% (vs. 88% no ano anterior), pior que a estimativa de 92,5%, devido a grandes perdas de €765 milhões, superando o orçamento trimestral. As maiores perdas vieram dos incêndios florestais na Califórnia (€631 milhões).
  Ainda assim, a Hannover Re manteve sua previsão de lucro líquido de cerca de €2,4 bilhões para 2025, e comentou que as renovações de abril na Ásia-Pacífico, América do Norte e linhas especializadas resultaram em condições estáveis ou levemente mais brandas, mas com níveis de preço ainda atrativos.

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