Destaques da manhã, por André Pires - 30/06/2020

04:55 30 de junho de 2020

Os índices americanos terminaram a sessão de ontem em alta, com os investidores a menosprezarem a reimposição das restrições. O S&P 500 ganhou 1,47%, o Dow Jones acrescentou 2,32% e o Nasdaq saltou 1,2%.

Hoje, os índices europeus e os futuros de Wall Street iniciam o dia com alguma correção. O Dax, que subiu ontem mais de 2%, abre em alta mas regressa ao suporte dos 12200pts, onde aguarda notícias mais concretas do mercado. 

O otimismo beneficiou ontem o ouro negro, também. Hoje, os preços de petróleo corrigem ligeiramente os ganhos de ontem. 

Mais de 160,00 novos casos de Covid-19 foram registrados ontem, com os Estados Unidos a contribuir com mais de 40.000 casos. Leicester, cidade do Reino Unido, restabeleceu as restrições às deslocações. Kansas ordenou o uso de máscara em todo o estado. Em LA, as praias continuarão interditadas durante o fim de semana de 4 de julho. Arizona ordenou que bares, ginásios e discotecas fechassem por 30 dias.

A BBC informa que uma nova estirpe da gripe foi identificada na China como tendo "potencial pandémico". A doença é transmitida por porcos, mas diz-se que é capaz de se transferir para humanos.

Na frente das relações sino-americanas, o secretário de Comércio dos EUA, Ross, diz que o tratamento especial de Hong Kong ficará suspenso. O Secretário de Estado dos EUA, Pompeo, diz que os Estados Unidos vão impor restrições às exportações de material militar e tecnológico para Hong Kong, dado o risco de que tecnologia sensível dos EUA seja desviada para o Exército de Libertação do Povo ou para o Ministério da Segurança do Estado, minando a autonomia do território.

O primeiro-ministro britânico, Johnson, deve apresentar detalhes de um novo plano de gastos em infraestrutura no valor de 5 mil milhões de libras. "Se a covid fosse um relâmpago, o que estamos prestes a ver é uma trovoada de consequências económicas. Vamos estar preparados", assegurou.

Ford, Adidas, HP, Clorox e outras empresas comunicaram ontem que vão parar de comprar anúncios no Facebook. O movimento é uma crítica ao que dizem ser uma falha do Facebook por não ser capaz de censurar aquilo que definem ser discursos de ódio na sua plataforma. Note-se que a crítica oposta também já foi feita, inclusive pelo Presidente Norte Americano. O caso deixa claro numa expécie de braço de ferro entre a liberdade de expreção e uma cariz ideológico, uma vez que a definição de "discurso de ódio" tem definições subjetivas.  

Do calendário económico, poderemos aguardar o IPC europeu para junho (10:00), o índice de confiança nos EUA publicado pela Conference Board (15:00), o depoimento de Powell, presidente da Fed, diante do comitê de Serviços Financeiros (17:30) e relatório de inventários de petróleo (API) às 21:40.

Ontem foi o quinto dia consecutivo em que os Estados Unidos notificaram mais de 40.000 novos casos de Covid-19. Fonte: worldeters, XTB

 

André Pires, Analista na XTB

andre.pires@xtb.pt

Partilhar:
Voltar

Junte-se a mais de 1.600.000 clientes do Grupo XTB em todo o mundo

*Acesse a informação financeira do grupo, auditada por PwC na seção Investor Relations