Matérias-primas em destaque - Petróleo, Alumínio, Ouro e Açúcar

10:44 25 de maio de 2021

Petróleo:

  • Apesar do acordo nuclear ainda não ter sido assinado, o Irão está a começar a aumentar a sua produção de petróleo
  • A produção já está cerca de 600 mil bpd maior em relação aos mínimos registados no ano passado. Espera-se que o aumento na produção se prolongue até 1 milhão de bpd este ano, o que reduzirá significativamente o potencial de crescimento do mercado de petróleo, ou pelo menos limitará o cenário em que o preço do petróleo poderia aproximar-se da marca dos 100 $ o barril
  • As negociações sobre o acordo nuclear deverão ser retomadas dia 25 de maio
  • O consumo de combustível no setor da aviação dos EUA recuperou cerca de 80% desde os níveis normais de pré-pandemia
  • A procura por gasolina deverá aumentar. Atualmente, a procura por gasolina é de aprox. 260 mil bpd abaixo do "normal", mas um aumento de até 500-600 mil bpd é esperado durante o verão
  • Os inventários nos Estados Unidos voltaram a posicionar-se na média dos últimos 5 anos, o que sugere que os atuais preços das matérias-primas permanecerão nos níveis atuais
  • O Goldman Sachs continua apontar para um aumento nas matérias-primas. O banco espera que os preços do petróleo voltem a atingir a marca dos 80 $ por barril até outubro deste ano

Os inventários de petróleo bruto dos EUA caíram abaixo da média de 5 anos. Fonte: RBC Capital Markets

O preço do petróleo WTI (OIL.WTI) está novamente aproximar-se do seu máximo anterior, perto dos 67 $ por barril e é marcado por máximos de 2019 e 2020. Caso ocorra uma quebra acima dessa zona, poderá surgir um novo momentum de alta em direção à marca dos 75 $ por barril. Fonte: xStation5

Alumínio:

  • A Comissão de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) na China indicou que pretende limitar as flutuações anormais nos preços de várias matérias-primas, como minério de ferro, cobre, alumínio, milho e soja
  • A China irá começar a investigar se houve compras excessivas (por exemplo, para armazenar e posteriormente vender estas matérias-primas inflacionadas). Segundo a China, os máximos atuais nos preços de muitas matérias-primas são fruto da especulação do mercado interno
  • A LME destaca que o aumento dos preços no mercado de alumínio também são causados pela recente escassez de energia elétrica nas fundições chinesas, o que reduziu a produção no país
  • A procura por metais industriais deverão aumentar à medida que as economias retomam à normalidade
  • Os inventários de alumínio nos armazéns da LME registaram uma queda recentemente. O mesmo aconteceu no zinco e níquel. Por outro lado, os inventários de cobre estão a aumentar, embora apenas marginalmente em comparação com a variação dos inventários de outros metais

Os preços do alumínio têm sido sustentados pelos níveis de Fibonacci de 23,6 %, que por sua vez coincide com o limite superior do canal de tendência de alta e da média de 50 períodos. Por outro lado, a linha de tendência de alta quebrada em baixa recente. Se o movimento de baixa se prolongar, poderá ocorrer um testa à zona marcada pelos 2.200 $-2.250 $ por tonelada. Por outro lado, se os compradores conseguirem retomar o controlo do preço, poderá ocorrer um novo movimento de alta em direção à marca dos 2.370. Fonte: xStation5

Ouro:

  • O forte sell-off no mercado das criptomoedas provocou um aumento na procura de ouro por parte dos investidores
  • O posicionamento nos ETFs está a aumentar no mercado de ouro novamente
  • O dólar fraco e as yields baixas sustentam a atual valorização do ouro, embora no curto prazo ainda ainda exista uma divergência entre ouro e TNOTE
  • O nível marcado pelos 1.890 $ onça permanece uma zona de resistência muito forte

Continua a existir uma elevada oferta de dinheiro em ciruclação, acabando por explicar a continuação do aumento dos níveis de inflação. No entanto, o dólar acaba por também ficar mais barato, pelo menos no curto prazo. Fonte: FRED

O ouro tem estado a ser negociado de forma lateralizada recentemente perto da marca dos 1.890 $ por onça. Fonte: xStation5

Açúcar:

  • O aumento dos preços do petróleo têm impulsionado os preços do açúcar
  • Os preços do açúcar e do café não têm sido impactados com as flutauções do real brasileiro, embora as mudanças na economia e na política monetária devam apoiar uma maior valorização do real brasileiro
  • Em termos de sazonalidade, espera-se que os preços continuem altos nas próximas semanas
  • O açúcar está a dar sinais de alerta por parte do posicionamento especulativo de compra, embora uma ligeira redução tenha sido observada na semana passada. No caso do mercado de café, a situação é semelhante, embora as proporções das posições especulativas sejam semelhantes às comerciais

 

Os especuladores detém um número significativo de posições longas em comparação com as posições curtas. Os investidores comerciais, por outro lado, estão a manter uma grande quantidade de posições curtas, o que obviamente cria um ligeiro atraso. Fonte: CFTC

O preço do açúcar é atualmente sustentado pela recuperação dos preços do petróleo. Fonte: xStation5

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