Petróleo:
- O preço do petróleo voltou ao nível em que se encontrava antes do início da invasão russa na Ucrânia
- As opções de compra a meio do ano a 150 dólares por barril continuam muito altas, enquanto as opções de compra a 200 dólares por barril diminuíram significativamente
- A Ucrânia indica que deverá ser alcançado um acordo com a Rússia até Maio, o mais tardar
- Aumento significativo do número de casos de Covid-19 na China. Se forem introduzidas restrições mais rigorosas, a procura de petróleo poderá diminuir substancialmente
- Por outro lado, a Índia pode registar um aumento na procura este ano de mais de 200.000 bpd
- A diminuição das exportações da Rússia já é visível, com base nos cálculos da Reuters ( ilustrado no gráfico abaixo)
- O acordo nuclear iraniano não é certo: os Estados Unidos hesitam porque não querem conceder mais isenções de sanções do que ao abrigo do acordo de 2015.
- O Brent está a ser transacionado perto dos $ 100,00, o WTI perto dos $ 96,00
As opções de compra de petróleo a 200$ caíram significativamente, o que mostra que o mercado não acredita que os preços possam atingir este nível. Fonte: Bloomberg
Fonte: Reuters
O WTI está a ser negociado perto dos $96-97 por barril. Esta é uma importante zona de suporte que é reforçada pelos níveis de Fibonacci nos. Fonte: xStation5
Prata:
- De acordo com a sazonalidade, o preço da prata poderá continuar a cair.
- O posicionamento especulativo sobre a prata está a aumentar. O número de posições longas está a aumentar, o número de posições curtas está a diminuir.
- Ao mesmo tempo, os ETFs têm vindo a vender prata desde o início da invasão na Ucrânia.
- Vale a pena lembrar que após a primeira subida das taxas de juro nos EUA, os metais preciosos costumam valorizar, pelo menos na perspectiva de seis meses. No entanto, o risco de uma subida de 50 bp em Maio está a aumentar, o que pode pesar no cenário de alta.
- Ao mesmo tempo, o mercado aposta na possibilidade de a Fed vir a aliviar as políticas monetárias restritivas já em meados do próximo ano, à semelhança do que aconteceu em meados de 2018.
O posicionamento especulativo está a crescer e está no seu ponto mais alto desde meados de 2021. Ao mesmo tempo, porém, os ETFs têm continuado a vender prata desde o início da guerra na Ucrânia. Fonte: Bloomberg
A relação entre o ouro / prata não indica um risco acrescido de recessão. Fonte: Bloomberg
Café:
- Os inventários estão a aumentar lentamente, o posicionamento líquido está no nível mais baixo dos últimos 5 meses
- As exportações de café do Brasil caíram em Fevereiro quando comparamos em termos homólogos, mas em termos de variação mensal estão a recuperarar
- Os comerciantes apontam para a diminuição dos problemas em termos de entregas de café em todo o mundo
- A colheita de café começará na próxima semana no Brasil, o que poderá impulsionar a oferta e desencadear novas quedas dos preços a curto prazo.
As exportações do Brasil estão piores quando compararmos com o mesmo período do ano passado, mas recuperaram em relação a Janeiro. As exportações ainda estão acima da média dos últimos 5 anos. Fonte: Bloomberg
As posições longas têm sido reduzidas acentuadamente, podendo estar associado à retirada de mais-valias por parte dos investidores. Fonte: Bloomberg
Trigo:
- A Rússia anunciou a proibição da exportação de trigo para os países ocidentais
- No entanto, isto representa apenas 10% de todas as exportações russas. As exportações para os principais compradores, como o Egipto e a Turquia, permanecem inalteradas.
- O preço continua a recuperar ligeiramente, depois de os compradores terem conseguido parar as quedas perto da zona de suporte nos 1,050 cêntimos por alqueire
- As entregas da Rússia através dos portos do Mar Negro permanecem inalteradas
- Contudo, não podem ser excluídas a possibilidade de novas proibições de exportação dos produtos russos
O preço do trigo continua a aumentar devido à incerteza quanto à época de colheita. Por outro lado, os custos relativos (preços do petróleo) estão em queda, o que cria uma clara divergência. É preciso lembrar também a proibição da exportação de fertilizantes da Rússia, o que pode resultar em custos de produção mais elevados. Fonte: xStation5
