Hoje, Wall Street é marcada por um clima de expectativa e leve apreensão. Os principais índices fecharam a quinta-feira em novos recordes, mas hoje devolvem parte dos ganhos. O S&P 500 permanece próximo ao nível da abertura anterior. O Nasdaq 100 sobe 0,2%, enquanto o Russell 2000 recua 0,5%. Os investidores parecem equilibrar a euforia com as máximas históricas e as crescentes preocupações com o mercado de trabalho.
O índice Dow Jones ultrapassou pela primeira vez o patamar de 46.000 pontos, impulsionado principalmente pelo bom desempenho das empresas e por dados macroeconômicos mais fracos do que o esperado, que aumentam a probabilidade de cortes de juros. Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq também encerraram a quinta-feira em máximas históricas.
Dados Macroeconômicos
Apesar de os investidores ainda apostarem em um pouso suave da economia, os potenciais problemas relacionados ao mercado de trabalho e ao consumo tornam-se cada vez mais evidentes. O aumento dos novos pedidos de seguro-desemprego e um relatório NFP muito fraco sugerem um esfriamento significativo no emprego, o que, a longo prazo, pode limitar os gastos do consumidor.
Ao mesmo tempo, o elevado endividamento das famílias, impulsionado por empréstimos mais caros e pelo recorde nas dívidas de cartão de crédito, enfraquece a resiliência do consumidor diante de uma desaceleração mais profunda.
Adicionalmente, a questão da dívida pública dos EUA, que atinge níveis históricos e, combinada com os custos crescentes de seu serviço, torna-se um desafio cada vez maior para o orçamento federal. Essa situação aumenta o risco de que, mesmo com uma política mais flexível do Fed, o crescimento econômico nos próximos trimestres seja difícil de sustentar.
O índice da Universidade de Michigan, em agosto, trouxe resultados mistos. A leitura principal e a avaliação da situação atual ficaram próximas às previsões, mas as expectativas dos consumidores caíram bem abaixo do esperado, enquanto as projeções de inflação de longo prazo subiram acima do consenso. Esse cenário pode sugerir demanda do consumidor mais fraca, mas com manutenção da pressão inflacionária, o que limita a capacidade do Fed de flexibilizar a política monetária rapidamente.
US100 (D1)
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Fonte: xStation
O gráfico mostra a formação de um possível padrão de topo duplo. Caso o preço recue da zona de resistência em torno dos 24.000 pontos, é provável uma correção dentro da tendência de alta, primeiro em direção ao nível de Fibonacci 23,6, e depois testando o forte suporte próximo de 22.800 dólares, reforçado por Fibonacci 50. Se esse nível for rompido, abre-se espaço para uma correção mais profunda, com a primeira resistência forte em torno de 22.100, onde encontramos o Fibonacci 78, e uma zona mais abaixo, próxima de 21.600, marcada pelo início da atual onda de alta.
Notícias Corporativas
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Adobe (ADBE.US) – Ação sobe quase 4% após divulgar fortes projeções de receita trimestral; a companhia se beneficia da maior monetização de recursos de IA.
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RH (RH.US) – Papel cai quase 10% após reduzir sua projeção de vendas anuais. A empresa citou o impacto negativo de novas tarifas nos EUA e atrasos logísticos.
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Super Micro Computer (SMCI.US) – Alta de mais de 5% na abertura após iniciar entregas dos sistemas Nvidia Blackwell Ultra.
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Warner Bros. Discovery (WBD.US) – O gigante da mídia continua em alta após relatos de aquisição planejada pela Paramount Skydance. A ação sobe mais de 7% na abertura.
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Stellantis (STLA.US) – Corrige ganhos anteriores. O UBS declarou que o perfil risco/retorno de curto prazo é “pouco atraente”. Ação cai mais de 2%.
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Array Technologies (ARRY.US) – Papel recua 5% após recomendação negativa do Bank of America, que destacou potenciais riscos relacionados a tarifas.
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Resultados do BCP e Jerónimo Martins
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