Mercados indiferentes a chamadas telefônicas entre os EUA e da China

03:06 10 de julho de 2019

Resumo:

  • A Casa Branca informou que na Terça-feira houve uma chamada relativa às conversas de negociação entre os EUA e a China.
  • Inflação do consumidor chinês mantem-se inalterada em Junho, preços do porco continuam a subir
  • Preços industriais chineses param de aumentar, e o medo de uma deflação volta.

Conversas sobre a conversa de negociação

A Casa Branca informou ontem que as conversas de negociação entre os EUA (Robert Lighthizer Representante de Negociação dos EUA e Steven Mnuchin Secretário de Tesouro) e a China (Vice primeiro ministro Liu He) através duma chamada na Terça-feira. No entanto, parece que estamos longe de um acordo entre os dois países, principalmente porque a chamada de ontem tinha como objectivo marcar uma reunião presencial. Portanto, as expectativas de mercado com um retorno rápido à mesa de negociações estão reduzidas, daí não ser surpresa ver uma resposta ligeira dos mercados financeiros a este comentário da CB. Ainda para mais, foram-nos oferecidos alguns comentários pessimistas do Conselheiro Económico da Casa Branca, Larry Kudlow, que sugeriu que os EUA e a China poderão nunca atingir um acordo pela dificuldade que têm em resolver os conflitos existenciais. Por outro lado, sublinhou que era um otimista por natureza, e que ainda acreditava na possibilidade de encontarr um compromisso. Para além disso, Kudlow confirmou que a China ainda não tinha começado a comprar mais bens americanos (houve informação depois da cimeria G20 que Beijing iria aumentar as compras de produtos agrícolas americanos). Em suma, pode-se supor que o acordo ainda está longe, se ambos os lados mal discutem se irá haver uma reunião ou não. Isto não é um bom sinal para a economia global, sugerindo que este arrasto no crescimento poderá persistir.

O dólar americano teve um começo perfeito para a nova metade do ano, com uma força que surgiu imediatamente após o relatório de emprego de Junho, uma vez que reduziu as expectativas em relação a um facilitamento monetário agressivo. Lembre-se que o testemunho de hoje de Powell perante o Comite Bancário da Câmara pode afetar o dólar de maneira significativa. Fonte: xStation5

Problema da inflação Chinesa

Os preços para o consumidor seguros a 2.7% em termos anuais em Junho, encontraram-se com a estimativa média feita pela Bloomberg. Ao mesmo tempo, os preços do produtor desacelararam para 0%, de 0.6%, caindo perto do consenso de 0.4% YoY. Os detalhes dos dados mostraram que os prços da carne de porco continuaram a subir no último mês em 21.1% YoY, 2.9 pontos percentuais mais alto que Maio. Isto sugere que a febre suína africana continua a afetar a oferta de carne, e consequentemente o seu preço. Ainda para mais, os preços de fruta fresca também subiram 42.7% YoY, 16 pontos percentuais mais alto que Maio. No entanto, é muito pouco provável que estes preços altos sejam sinais que convençam o PboC a subir taxas de juro, que são comandadas pelo lado da oferta. Em adição, pode-se notar que a economia Chinesa poderá mostar sinais de procura doméstica decresente como o PPI parou de subir o mês passado. Aumentou medos de deflação que iria corroer os lucros das empresas, também como reduzir a sua capacidade de pagar as dívidas.
Além disso, se esta for uma tendência de longo prazo, ela poderá afetar negativamente a perspectiva de inflação global também em um momento em que muitos bancos centrais não têm espaço para manobra.

O PPI chinês desacelerou para 0% em junho, levantando preocupações com o retorno da deflação. Fonte: Bloomberg

Noutras Notícias:

• Erdogan, da Turquia, disse que o chefe demitido da CBRT não comunicou bem com os mercados

• Relatório API mostrou que os inventários de petróleo dos EUA caíram 8,1 milhões de barris na semana passada, o inventário de gasolina caíram 0,3 milhões de barris

• PPI japonês caiu 0,1% A / A em junho, após alta de 0,6% A / A no mês anterior

Partilhar:
Voltar

Junte-se a mais de 1.600.000 clientes do Grupo XTB em todo o mundo

*Acesse a informação financeira do grupo, auditada por PwC na seção Investor Relations