Nvidia divulga resultados hoje 🔔 O que esperar da gigante da IA?

12:28 28 de maio de 2025

A gigante da inteligência artificial de Wall Street, Nvidia, divulgará os resultados fiscais do 1º trimestre de 2026 nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados nos EUA. O desempenho forte do negócio poderá impulsionar o setor de tecnologia e o índice Nasdaq 100?

Datas-chave para hoje

  • Divulgação dos resultados: Quarta-feira, 29 de maio, às 17h20 (horário de Brasília)

  • Teleconferência com o CEO Jensen Huang: 18h00 (horário de Brasília)

Resumo das expectativas

Wall Street espera um trimestre recorde para a Nvidia, mas as expectativas são altíssimas e a margem para erro é cada vez menor.

  • Receita esperada: entre US$ 43,1 bilhões e US$ 43,3 bilhões (alta de 66% em relação aos US$ 26 bilhões do ano anterior). A própria Nvidia projeta receita de US$ 43,0 bilhões, com variação de ±2%.

  • Lucro por ação (EPS) ajustado: esperado em US$ 0,89 (alta de 45,9% em relação aos US$ 0,61 do 1T FY2025)

  • Receita do segmento de data center: estimada em US$ 39,4 bilhões (+74% ano a ano), mas abaixo do crescimento de 93% registrado no trimestre anterior

  • Margem bruta não-GAAP: projetada em queda para 71,0%, ante 73,5% no trimestre anterior — refletindo custos mais altos com a produção dos chips Blackwell e infraestrutura de IA (racks e sistemas de resfriamento)

Temas-chave a serem acompanhados

Demanda de IA e cadeia de suprimentos
O foco estará na execução do lançamento da arquitetura Blackwell. Problemas técnicos como superaquecimento e falhas de sincronização interromperam a produção no início do ano, mas parceiros como Foxconn, Dell e Inventec já teriam solucionado os gargalos. As remessas dos racks GB200 com chips Blackwell foram retomadas no fim do 1T, e a Nvidia precisará esclarecer sua capacidade de escalar a produção no segundo semestre de 2025.

A demanda segue robusta: Microsoft, Meta e Alphabet continuam elevando investimentos em infraestrutura de IA, enquanto compradores soberanos da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos também aumentam os pedidos.

Restrições comerciais com a China
As restrições de exportação dos EUA continuam impactando a estratégia da Nvidia na China. A proibição de envio dos chips H20 gerou perda de US$ 700 milhões em receita no 1T FY2026 e pode impactar os trimestres 2 e 3 em cerca de US$ 9 bilhões. A Nvidia respondeu com aumentos de 10% a 15% nos preços das GPUs, mas ainda é incerto se os clientes aceitarão esse repasse e se as margens serão recuperadas.

Uma baixa contábil de US$ 5,5 bilhões em estoques de chips destinados à China destaca a gravidade do problema. O CEO Jensen Huang criticou a política dos EUA, alertando que pode entregar um mercado de US$ 50 bilhões a concorrentes chineses.

Projeções em foco
A projeção de receita para o segundo trimestre será crucial. Wall Street espera entre US$ 45,8 bilhões e US$ 45,9 bilhões. Para o ano fiscal de 2026, espera-se receita de US$ 198,8 bilhões (vs. US$ 130,5 bilhões em FY2025) e lucro por ação de US$ 4,32. No entanto, sinais de conservadorismo — por limitações logísticas, riscos geopolíticos ou adiamento de pedidos — podem abalar a confiança dos investidores. O colunista Tae Kim (Barron’s) sugere que as projeções para os dois primeiros trimestres podem estar excessivamente otimistas.

Pontos de atenção

  • Margem bruta abaixo de 71% pode indicar que os custos ainda estão descontrolados

  • Orientações fracas, especialmente relacionadas à China ou à produção, podem causar reação negativa nas ações

  • Desequilíbrios entre oferta e demanda seguem como preocupação

  • Possível adiamento de compras por clientes corporativos à espera do lançamento do Blackwell Ultra NVL72 no segundo semestre

Valuation e considerações estratégicas

Mesmo com desempenho forte, a Nvidia negocia a cerca de 30 vezes o lucro futuro, abaixo da média de 40 dos últimos 5 anos. O Nasdaq 100, em comparação, negocia a 26 vezes. Isso sugere que há espaço para valorização — desde que a empresa continue superando expectativas.

  • A execução da produção dos chips Blackwell será determinante para o sentimento do mercado no restante do ano

  • A clareza nas projeções de demanda e produção para o segundo semestre de 2025 será essencial

  • Comentários sobre política comercial, pedidos soberanos e desenvolvimento de chips de próxima geração serão cruciais na teleconferência

Teleconferência: foco dos investidores

Espera-se que o CEO Jensen Huang aborde os seguintes temas:

  • Atualizações sobre o cronograma de lançamento do Blackwell Ultra (NVL72)

  • Robustez da cadeia de suprimentos e ritmo de envio dos sistemas GB200

  • Estratégia de receita na China diante das novas restrições dos EUA e perspectivas de expansão na Arábia Saudita

  • Visão de longo prazo sobre a liderança no segmento de computação em IA em meio a pressões geopolíticas e concorrência crescente

  • Riscos estratégicos e possíveis aumentos de custos com tarifas — o risco é real?

Nvidia (intervalo D1)
No gráfico D1, observa-se um padrão de “ombro-cabeça-ombro” de baixa em formação. Atualmente, o preço se aproxima de uma zona de resistência importante (71,6% de retração de Fibonacci da última onda de baixa). Caso haja rompimento, a próxima resistência pode estar em US$ 150. Por outro lado, a zona de suporte de curto prazo está entre US$ 120 e US$ 127 (61,8% de Fibo e EMA200), enquanto o “pescoço” (suporte de longo prazo) está em US$ 100 por ação.

Fonte: xStation5

Valuation da Nvidia
Embora a Nvidia não esteja “barata”, seu negócio ainda está em expansão acelerada. Se os lucros mostrarem continuidade no desempenho sem grandes surpresas negativas nas margens (que devem cair com o ramp-up do Blackwell), é provável que o apetite de Wall Street por novas máximas históricas persista.


Fonte: XTB Research, Bloomberg Finance L.P.

 

Fonte: XTB Research, Bloomberg Finance L.P.

 

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