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11:51 · 25 de setembro de 2025

O petróleo caminha para o maior fechamento semanal desde junho 📈

Os preços do petróleo registraram uma forte alta de dois dias após uma sequência de quedas, impulsionados pelo aumento dos temores de interrupções no fornecimento de petróleo russo. O WTI já acumula ganho de quase 4% desde o início da semana, marcando algumas das maiores altas diárias em semanas.

Riscos crescentes para o fornecimento russo
O aumento dos preços é alimentado pelo crescimento dos riscos às exportações de energia da Rússia. Há relatos de que o país considera uma nova proibição de exportações de diesel para certas empresas após uma série de ataques de drones ucranianos a refinarias russas. O mais recente ataque noturno a um importante oleoduto provocou uma forte alta nos preços da gasolina e do diesel na bolsa de commodities doméstica da Rússia, a Spimex.

Curiosamente, traders observam que a capacidade limitada de refino da Rússia poderia, no fim das contas, aumentar as exportações de petróleo bruto. No entanto, a possibilidade de restrições na própria produção de petróleo não pode ser descartada.

Principais importadores de petróleo russo
As sanções ocidentais remodelaram drasticamente a geografia das exportações de petróleo russo. Os principais compradores atuais incluem:

China – 47%-50% das exportações russas (~2,2 milhões de barris por dia)
Índia – 37%-38% (~1,92 milhão de barris por dia)
Turquia – ~6%
União Europeia – 6%-7% (queda acentuada em relação a cerca de 30% antes da invasão da Ucrânia)

A China tornou-se a maior importadora de petróleo russo em 2022, superando a Arábia Saudita como principal fornecedora. A Índia, por sua vez, aumentou as importações de praticamente zero no início de 2022 e agora se beneficia de preços preferenciais. Isso permite que a Índia reexporte produtos refinados — inclusive para a Europa e os EUA — mesmo que o petróleo bruto seja de origem russa. Atualmente, a Índia é a maior importadora marítima de petróleo russo, respondendo por cerca de 60% desse mercado.

A Rússia continua sendo um grande player global, produzindo mais de 10 milhões de barris por dia (cerca de 10%-11% da oferta mundial total) e exportando aproximadamente 5 milhões de barris por dia.

Expansão da “frota sombra”
A Rússia construiu uma extensa “frota sombra” com centenas de petroleiros antigos para contornar as sanções ocidentais. Essa frota já representa cerca de 17% da capacidade total de petroleiros do mundo. A idade média dessas embarcações é de cerca de 20 anos, em comparação com 13 anos da frota global.

A frota sombra ajuda a evitar o chamado “teto de preços” do petróleo russo, anteriormente fixado em US$ 60 por barril. Desde o início de setembro, uma fórmula mais rígida foi introduzida, atrelando o preço do petróleo russo ao preço de mercado menos 15%, efetivamente reduzindo o teto para cerca de US$ 48 por barril.

Além da precificação, a frota sombra também permite disfarçar a origem do petróleo por meio de transferências de navio para navio e frequentemente utiliza documentos de seguro falsificados e rastreadores de GPS adulterados.

Rússia provoca na Europa
Nas últimas semanas houve um aumento notável da atividade militar russa perto das fronteiras da OTAN, incluindo violações confirmadas do espaço aéreo por drones e aeronaves. No início de setembro, mais de 20 drones entraram no espaço aéreo polonês, seguidos por incursões semelhantes na Romênia. Na semana passada, três caças MiG-31 sobrevoaram a Estônia, enquanto incidentes com drones também foram relatados na Noruega e na Dinamarca.

A Rússia também apareceu no espaço aéreo dos EUA, perto do Alasca, com bombardeiros Tu-95 e caças Su-35, que foram posteriormente escoltados para fora pelas forças americanas.

Resposta da OTAN e perspectivas para sanções
A OTAN lançou a Operação Sentinela do Leste, envolvendo patrulhas contínuas de caças, cobertura de radar reforçada e fortalecimento da defesa aérea ao longo do seu flanco oriental.

O presidente Trump disse que os países da OTAN deveriam “derrubar aeronaves russas que violem seu espaço aéreo” e instou os aliados europeus a pararem imediatamente de comprar energia da Rússia:

“Posso dizer que eles devem encerrar imediatamente todas as compras de energia da Rússia. Caso contrário, estamos todos perdendo muito tempo.”

Trump também falou positivamente sobre a Ucrânia, mas não mostrou indicação de impor novas sanções fortes contra a Rússia. Apesar das restrições de exportação terem custado centenas de bilhões de dólares à Rússia, as receitas continuam robustas. Assim, as sanções existentes até agora se mostraram ineficazes. Ainda assim, uma ação mais dura dos EUA poderia eventualmente forçar a Rússia a fazer concessões em relação à Ucrânia.

Perspectivas de mercado
O petróleo bruto registra atualmente seu rali de preços mais forte desde meados de junho. O WTI se aproximou de US$ 65 por barril, seu nível mais alto desde o início de setembro. Embora a ameaça ao fornecimento russo ainda não tenha se materializado totalmente, tensões contínuas poderiam levar os preços a subir em direção a US$ 67.

Por outro lado, os fundamentos ainda apontam para um excesso significativo de oferta, tornando preços sustentados acima de US$ 70–80 por barril pouco justificáveis. Sem o prêmio de risco relacionado à Rússia, os preços provavelmente já teriam caído abaixo de US$ 60.

O cenário mais provável é que o WTI permaneça limitado em uma faixa entre US$ 61,5 e US$ 66 por barril.

Fonte: xStation
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