A Coca-Cola divulgará seus resultados do 2º trimestre de 2025 amanhã, antes da abertura do mercado. O mercado espera um crescimento modesto da receita e uma leve queda no lucro por ação. Esses resultados serão divulgados em um contexto interessante, após o forte relatório de ganhos da PepsiCo na semana passada (as ações da empresa subiram mais de 7,5% após a publicação e permanecem cerca de 4,4% acima dos níveis anteriores à divulgação). Além disso, há pressão de Donald Trump para que a Coca-Cola volte a adoçar sua bebida principal com açúcar.
Antes da divulgação dos resultados, a avaliação da Coca-Cola permanece próxima da média histórica de três anos. No entanto, em comparação com seu setor e com o índice S&P 500 mais amplo, atualmente a empresa está avaliada abaixo das tendências históricas. Fonte: Bloomberg Finance L.P.
Perspectiva para o 2T25
Os analistas preveem uma leve queda no Lucro por Ação (EPS) para US$ 0,83 (ante US$ 0,84 no ano anterior). Para a receita, o consenso aponta para um crescimento modesto, chegando a US$ 12,55 bilhões (+1% em relação ao ano anterior). Vale destacar que a Coca-Cola superou as expectativas de receita em cada um dos últimos oito trimestres. Isso, combinado com o bom desempenho da PepsiCo, aumenta a pressão por números sólidos de vendas no 2T25.
Do ponto de vista de margem, o enfraquecimento contínuo do dólar é um sinal positivo para os mercados internacionais. América do Sul e Ásia continuam sendo mercados cruciais para a Coca-Cola, e os movimentos cambiais favoráveis nessas regiões podem impulsionar ainda mais o crescimento das vendas.
Resultados estimados para o 2T25
Fonte: Bloomberg Finance L.P.
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EPS comparável estimado: US$ 0,83
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Crescimento orgânico ajustado da receita: +4,55%
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Despesas de capital estimadas: US$ 490,9 milhões
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Margem operacional comparável estimada: 33,2%
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Margem bruta ajustada comparável estimada: +61,4%
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Variação estimada de preço/mix: +5,48%
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Variação estimada nas vendas de concentrado: -0,61%
Mudança potencial na fórmula?
Os investidores estarão atentos durante a teleconferência de resultados a qualquer informação sobre uma possível decisão de adoçar a bebida da Coca-Cola nos EUA com açúcar. Na semana passada, Trump publicou em suas redes sociais que a empresa deveria voltar a usar açúcar americano, em vez do xarope de milho que utiliza desde a década de 1980.
Embora a empresa ainda não tenha anunciado oficialmente uma mudança na fórmula da bebida principal, tal movimento poderia abrir espaço para o lançamento de uma edição especial adoçada com açúcar nos Estados Unidos.
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