O setor de defesa europeu passou por uma valorização sem precedentes, impulsionado pela crescente pressão sobre os governos para aumentar seus gastos militares. Empresas como Rheinmetall (+15%), Leonardo (+17,3%) e Thales (+16,7%) lideraram um rali que levou o índice Stoxx Europe de defesa a subir 8% em um único dia, sua maior alta desde 2020.
Fatores que impulsionam o setor
O principal catalisador desse movimento foi a falta de garantias de segurança por parte da administração Trump, reforçando a percepção de que a Europa deve assumir um papel maior em sua própria defesa. Em resposta, a Alemanha apresentou uma proposta para liberar mais de 100 bilhões de euros em gastos militares, enquanto a União Europeia discute a criação de um banco europeu de defesa para financiar a indústria.
Os mercados reagiram com um aumento nos rendimentos dos títulos europeus, antecipando uma maior emissão de dívida para financiar esses gastos. O Bund alemão de 10 anos subiu para 2,49%, seu maior nível em meses.
Reação exagerada?
Apesar do otimismo nos mercados, alguns analistas alertam que o setor pode estar superestimando a velocidade com que essas mudanças ocorrerão. Embora o gasto em defesa deva aumentar, o processo pode ser mais gradual do que os preços atuais refletem.
Transformação estrutural ou impulso temporário?
O cenário é claro: a Europa caminha para um aumento nos gastos militares, mas a magnitude e a velocidade com que isso beneficiará as empresas do setor ainda são incertas. As decisões políticas e o financiamento dessa expansão serão fatores-chave na evolução do setor nos próximos meses.
Fonte: xStation5.
Alexandre de Luís
Editor da Hispatrading Magazine, a revista de trading de maior circulação em espanhol, Alejandro trabalhou como trader em diferentes corretoras e empresas de trading proprietárias, bem como nas áreas de negociação e análise por quase duas décadas. Autor de vários livros sobre negociação publicados em mais de 5 países, ele deu conferências de treinamento e programas de especialização para públicos em mais de 40 países, incluindo estudantes de diversas universidades europeias de prestígio.
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