As tarifas comerciais captaram o humor dos investidores nos mercados financeiros na última semana. Embora tenhamos recebido diversas divulgações macroeconômicas importantes e resultados financeiros de grandes empresas, as incertezas sobre o futuro do comércio internacional ditaram mudanças em vários instrumentos. O tema das tarifas comerciais e a futura política do presidente dos EUA continuarão sendo um aspecto-chave para os mercados, mas, na próxima semana, vale a pena ficar atento a questões como a publicação da inflação nos EUA, o depoimento de Powell ao Congresso e os resultados de empresas como McDonald's, Coca-Cola e Cisco. Diante disso, mercados como USDJPY, US500 e OURO merecem atenção.
USDJPY
O risco das tarifas comerciais levou inicialmente a um fortalecimento do dólar, mas a moeda mais importante do mundo perdeu valor posteriormente, quando algumas tarifas foram adiadas. Vale destacar que o dólar teve uma queda expressiva frente ao iene, já que a pressão por novos aumentos de juros no Japão está aumentando. No entanto, na próxima semana teremos diversas leituras macroeconômicas importantes dos EUA, incluindo o CPI (inflação ao consumidor) na quarta-feira e as vendas no varejo na sexta-feira. Esses dados serão cruciais para o Federal Reserve, que, por enquanto, vem adiando novos cortes nas taxas de juros.
S&P500
Os índices norte-americanos se recuperaram totalmente das preocupações iniciais com as tarifas comerciais. A economia dos EUA teria muito a perder em caso de uma guerra comercial dentro do continente. No entanto, a manutenção das tarifas com a China levanta dúvidas sobre o crescimento dos lucros das empresas norte-americanas no futuro. Vale ficar de olho nos resultados de McDonald's, Coca-Cola e Cisco, que atuam não apenas na China, mas globalmente, e no que elas dirão sobre os impactos das tarifas em seus balanços.
Ouro
O ouro atingiu novas máximas históricas na última madrugada, impulsionado por incertezas sobre o futuro. Os riscos geopolíticos vêm elevando os preços do ouro há meses, mas a política monetária também é um fator essencial para a precificação do metal precioso. Na próxima terça-feira, Powell iniciará seu depoimento no Congresso dos EUA, e, desta vez, será questionado pelas novas lideranças do parlamento, tornando o evento ainda mais relevante para as expectativas sobre os juros. A exclusão de cortes nas taxas poderia impactar negativamente o ouro, que não passa por uma correção significativa desde dezembro passado. Por outro lado, sinais mais claros de cortes podem levar o ouro a continuar sua trajetória rumo ao patamar de US$ 3.000 por onça.
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