Friday's outlook
Por David Silva, Affiliate Manager
A sessão americana do dia de ontem veio dar mais força e confirmar o momento degrande volatilidade nos mercados, com uma tremenda recuperação dos maiores índices já no final da sessão, quando tudo fazia crer que iríamos assistir a uma correção dos mesmos, depois do grande rally pós-Natal registado dia 26. Este sentimento de recuperação alastrou-se ao continente asiático durante a madrugada e aos índices europeus, com um início de sessão positivo.
Os analistas, citados pela agência Reuters, referem que, apesar de vermos o índice de volatilidade (VOLX na xStation5) a rondar os 25 pontos, a pressão vendedora nos índices americanos parece estar a dissipar-se e o sentimento de risco a recuperar aos poucos.
Também a FED vai ter, mais uma vez, um papel importantíssimo no desempenho do mercado acionista em 2019 e todos os investidores vão estar atentos ao discurso de Jerome Powell dia 4 de Janeiro, pois no caso de uma posição mais cautelosa quanto a novos aumentos de taxa de juro, poderá levar a uma recuperação das bolsas e das yields norte-americanas.
Apesar das bolsas da praça asiática terem fechado o dia no verde, o Nikkei 225, depois de dois dias de recuperação, fechou o dia a desvalorizar 0.31% e, dado segunda-feira ser feriado, fechou também 2018 a desvalorizar 12.8%(!), que representa a primeira desvalorização anual desde 2011. Por detrás deste ano negativo para o índice japonês está o atual momento da economia global, com oaumento do risco e a guerra comercial entre os EUA e a China a causarem alguns efeitos colaterais.
Para além destes fatores, também a economia nipónica não vive os melhores dias, com a inflação a ficar constantemente aquém dos objetivos definidos para 2018, constatando assim o abrandamento da economia.
Também as yields das obrigações a 10 anos desceram esta noite para valores negativos pela primeira vez desde 2017.
Para terminar 2018 com mais um motivo de preocupação nas relações sino-americanas, surgem os rumores que Donald Trump poderá banir as empresas de utilizarem quaisquer equipamentos produzidos pelas chinesas ZTE e Huawei, depois de ter surgido a possibilidade de estes serem utilizados para espionagem dos americanos por parte do governo chinês.
Tudo indica que teremos um início de ano novamente bastante agitado, com mais capítulos e decisões na guerra comercial (em Fevereiro termina o período de 90 dias estabelecido por Donald Trump e Xi Jinping), a votação decisiva do Brexit que poderá levar a uma hard brexit e algumas consequências para o mercado britânico e também com as decisões da Fed a estarem novamente no centro das atenções.
Votos de um excelente ano de investimentos. Voltamos em 2019!