Abertura dos mercados
Por Carla Maia Santos, Senior Broker
As bolsas abrem animadas depois da reunião do G20.
Os mercados estavam atentos à reunião do G20 a decorrer no fim-de-semana. A grande questão que se colocava era um possível consenso entre a China e os EUA, uma vez que a guerra comercial travada pelos dois gigantes económicos está a travar o crescimento global.
Os dois países assinaram tréguas por 90 dias, em que não aumentarão as tarifas aduaneiras. A somar a esta notícia, Trump 'twittou' que a China vai cancelar os impostos de 40 porcento à importação de automóveis norte-americanos.
Vemos assim os mercados a reagirem em alta, principalmente as empresas mais expostas ao comércio internacional, como a Caterpillar e a Boeing, consideradas o barómetro desta guerra.
O que os investidores agora tentam perceber é se este ânimo é momentâneo ou vai contribuir para uma reacção positiva e sustentada das bolsas.
Os dois factores críticos para os mercados são a guerra comercial e a subida das taxas de juro pela FED.
A guerra comercial foi delegada para daqui a três meses e receios sobre a subida das taxas de juro está a acalmar face às declarações de Powell. Se a FED não aumentar, este mês de Dezembro, as taxas de juro, poderemos voltar a ver as bolsas a dispararem em alta.
O petróleo abriu em alta com os mercados a aguardarem agora a reunião entre a OPEP e a Rússia na quinta-feira, onde se espera que reduzam a produção para combater a queda fortíssima do ouro negro nos últimos dois meses.
O sentimento positivo vivido pela generalidade das bolsas leva o PSI20 a negociar no verde, com a Galp a reagir em alta ao gap de abertura do preço do petróleo. A Navigator continua a reagir em alta à notícia de aumento dos preços do papel agendados para Janeiro.
Análise à sessão asiática
Por David Silva, Affiliate manager
A primeira sessão "pós" reunião do G20 a demonstrar quão benéfico foi o encontro entre os líderes das maiores economias mundiais, especialmente para as matérias primas e para as comdolls (moedas de economias extremamente dependentes das matérias primas como NZD, CAD e AUD), que dispararam durante a sessão, à imagem da valorização de 5% no petróleo.
De destacar também os dados negativos na Austrália, com a aprovação de novas construções a cair 1.5% no mês de Outubro e o EBITDA das empresas a crescer apenas 1.9% no terceiro trimestre, contrariando os 2.9% apontados pelos analistas.
Com a reunião do G20 a trazer alguma esperança aos mercados, a sessão ficou marcada pelo apetite pelo risco entre os investidores, fazendo com que os índices bolsistas da praça asiática iniciassem o mês no verde, com especial destaque para o Shanghai Composite que fechou o dia a valorizar 2.57%.
Ações
Por José Correia, Senior broker
Volkswagen (VOW3.DE) - o diretor de compliance da Volkswagen afirmou que 2019 vai ser um ano bastante complicado para o fabricante alemão, depois do escândalo de emissões de carbono dos seus motores terem valido 28 mil milhões de dólares em coimas e compensações. Atualmente, o grupo ainda tem questões legais por resolver em cerca de 50 países, e os motores a diesel tem sido das principais fontes de preocupação nesse aspecto. A ação está com tendência de queda e será oportuno vender o ativo até à próxima zona de suporte nos 144 euros
Matérias primas
Por Eduardo Silva, Head of Sales
Platina acelera a queda, retest do suporte nos 700$ parece novamente provável
Fraca procura e dólar forte condicionam a platina.Depois de um período de consolidação em que o activo esteve a negociar numa cunha ascendente (que permitiu o retest da resistência anterior em D1) vemos que a platina esta pressionada e retomou o movimento principal. Os metais preciosos estiveram em destaque pela negativa, desde as minutas da FOMC e resiliência do dólar que pode mesmo testar os máximos anuais esta semana. Apesar do movimento impulsivo deverão aguardar um correcção em time frames de menor grau ( M30 a H4) para não entrar no fundo. Retest da cloud ichimoku em m30 parece um bom ponto de entrada e tp nos 700$
Forex
Por Tiago Cardoso, Senior Broker & Team Leader
Este fim de semana trouxe-nos boas noticias na antevisão da reunião da OPEC, com a Rússia e a Arábia Saudita a chegarem a acordo quanto ao corte da produção, e com as tréguas na “trade war” por parte dos EUA e da China. Todo este sentimento positivo trouxe apetite pelo risco, onde estamos já a ver o petróleo a recuperar e os índices a abrirem positivos pelo mundo fora. Isto levou também a alguns movimentos no mercado cambia, com o CAD a acompanhar a evolução positiva do petróleo e a levar o USDCAD para baixo, tendo o par quebrado em baixa o canal ascendente. Daqui poderemos ver uma correcção maior caso o apetite pelo risco continue a crescer neste inicio de semana.
Assim, a ideia será vender USDCAD com stop nos 1.3252 e take profit nos 1.3070.
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