Resumo:
- Yen Japonês é a moeda mais forte esta manhã antecipando as reuniões da Fed e do BoJ
- Janet Yellen defende um corte de taxa em 25 bps durante esta semana, sublinhando a baixa inflação
- Oficiais americanos e chineses começam reuniões cara a cara na próxima Terça-feira
Yen lidera os ganhos
Vai ser uma semana de turbulência pelos mercados financeiros tendo em conta que temos dois eventos relativamente grandes a decorrer, com o antecipado corte de taxas por parte da Reserva Federal. Contudo, antes da Fed anunciar a sua decisão irá haver um veredicto nas definições de política monetária do Banco do Japão. Ainda que as expectativas estejam bastantes calmas para esta reunião – mantemos uma probabilidade de 15% de existir um corte de taxas – não há dúvida que o BoJ está numa posição complicada. Por outro lado, já se aproximou (ou está perto de fazê-lo) dos seus limites de política monetária, por outro lado, um corte do Fed (e possíveis reduções de taxa subsequentes durante o resto do ano) poderia exercer pressão ascendente sobre a moeda japonesa. Os mercados financeiros o vêem e é provavelmente por isso que os fundos hedge mudaram para posições compradas modestas na moeda nas últimas seis semanas, depois de ficarem em curto por quase um ano. Assim, pode-se supor que, se o BoJ se mantiver firme amanhã, reiterando que as taxas permanecerão extremamente baixas por um período prolongado, isso pode não ser suficiente para desencorajar os ienes. Além disso, o banco central do Japão também terá que levar em conta possíveis efeitos adversos de um aumento do imposto sobre vendas programado para outubro, apesar das medidas preventivas já tomadas pelo governo. Tudo isso torna a reunião do BoJ notavelmente interessante. Por fim, lembremos que os participantes do mercado atribuem mais de 60% de chance de um corte de taxa no final do ano. Enquanto isso, as vendas de varejo japonesas para julho ficaram inalteradas em termos mensais, enquanto o consenso pedia um declínio de 0,3%.
Fundos de investimento estão a apostar no aumento do yen japonês. Fonte: Bloomberg
Yellen patrocina corte de taxas
Antiga Diretora da Reserva Federal Janet Yellen patrocinou abertamente o corte das taxas em Julho às custas da atraso de crescimento económico global. Por outro lado, ela não vê essas reduções de taxas como um começo de um ciclo de relaxamento a menos que as coisas piorem. Ela ressaltou que a economia dos EUA está indo bem com o mercado de trabalho forte, no entanto, a inflação ainda é muito baixa, justificando o caso para uma redução da taxa de prevenção. As expectativas do mercado apontam para uma redução na taxa de 0,25 ponto percentual, com chances de até mesmo 10% para um corte de 0,50 ponto percentual - parece ser uma piada dado ao que recebemos na sexta-feira, quando os dados preliminares do PIB foram divulgados. Enquanto isso, espera-se que as autoridades chinesas e norte-americanas mantenham conversações de dois dias em Pequim, a partir de terça-feira, mas sem demonstrar vontade de se comprometer. Será a primeira reunião cara a cara após a cúpula do G20 em Osaka, no Japão, no mês passado.
O Hang Seng partiu em baixa o limite inferior do padrão de triângulo. O primeiro suporte importante encontra-se perto dos 10580 pontos. Fonte: xStation5
Noutras Notícias:
- Lucros de empresas da indústria chinesa caíram 3.1% YoY em Junho, após aumentar 1.1% YoY em Maio
- PM japonês Abe informou que seria pouco provável uma reunião com o president sul coreano durante a cimeira da UN em Setembro
