O novo recorde de casos globais de Covid-19 nas últimas 24h pressiona os preços das ações do Velho Continente. A sessão europeia começa em baixa, com o DE30 a cair mais de 1,3% e a testar um suporte importante nos 12.640 pts. O relatório do PIB alemão será publicado às 9:00 da manhã, o que pode provocar ainda mais volatilidade.
Para além disso, republicanos e democratas ainda estão, aparentemente, longe de chegar a um acordo sobre a próxima lei de estímulos económicos. No entanto, McConnell diz que espera que o acordo possa ser alcançado até sexta-feira.
Ontem, o FOMC decidiu deixar as taxas de juros inalteradas, em decisão unânime. As linhas de câmbio de moeda foram estendidas até ao final do primeiro trimestre de 2021. A Fed diz que a recuperação da economia deveu-se, em boa parte, às suas ações, mas a trajetória futura da sua política monetária dependerá dos próximos desenvolvimentos da pandemia.
Durante a conferência de imprensa que se seguiu à decisão, Jerome Powell deixou claro a continuação da estratégia expansionista. Estas são as principais ideias deixadas pelo presidente da Fed:as seguintes
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Gastos domésticos recuperaram cerca de metade da queda
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A atividade económica geral permanece abaixo dos níveis anteriores
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A queda real do PIB no segundo trimestre provavelmente será a maior já alguma vez registada
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A Fed pretende garantir forte recuperação e limitar danos
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Alguns indicadores de gastos com cartões de crédito e débito deterioraram-se desde junho
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A recuperação é improvável até que as pessoas sintam maior confiança
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A subida da taxa diária de novas infeções por Covid pesa sobre economia
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A desaceleração contínua exige suporte fiscal e monetário contínuo
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A Fed não pediu ao Congresso o poder de emprestar a empresas falidas
As gigantes tecnológicas Amazon, Alphabet, Facebook e Apple, publicaram resultados trimestrais hoje, após o encerramento da sessão americana. Ainda a exlicar o pessimismo desta manhã, ontem, o presidente Donald Trump escreveu um tweet a dizer que caso o Congresso não consiga "fazer justiça às Big Tech", ele próprio o faria, recorrendo a Ordens Executivas. O tweet antecedia o testemunho dos executivos destas grandes empresas diante do Painel de Inquérito do Congresso. O Tweet causou uma queda de cerca de 0,5% no índice US100 e causou alguns danos no sentimento geral.
Em contrapartida, a prata está entre os grandes vencedores de julho, uma vez que os metais preciosos estão a beneficiar da fraqueza do dólar e das políticas extremas do banco central. A Fed garantia aos investidores ontem que faria tudo para apoiar os mercados, e a Prata ameaça continuar o movimento altista. Esta manhã os metais preciosos iniciaram uma pequena correção dos ganhos recentes.
Um oficial da Casa Branca disse que os EUA planeiam incentivar as empresas a transferirem a sua produção da Ásia para os Estados Unidos.
Ontem, o inventário de petróleo bruto da EIA revelava uma contração nos stocks superior ao experado, levando a uma subida nos preços do crude. No entanto, os stocks de destilados aumentou acima do esperado, podendo indicar uma quebra na procura no período mais recente.
Ontem, a Jerónimo Martins apresentou os seus resultados trimestrais. As vendas consolidadas viram um aumento de 4.6% face ao mesmo período do ano passado. Mas o EBITA viu um declínio de 4.9%, pelo que não agradou os investidores, levando as acções da empresa a desvalorizarem cerca de 7% após anunciar os resultados do segundo trimestre de 2020. A razão identificada como causa desta quebra foi a menor procura resultante das restrições e incertezas geradas pela pandemia do coronavírus.
Das 5 Cadeias que o grupo detém, na Biedronka, as vendas em moeda local cresceram 10,9%, na Hebe, as vendas em moeda local aumentaram 1,2%, no Pingo Doce, as vendas diminuíram 2,9%, no Recheio, as vendas caíram 14,4% e por fim, na Ara, as vendas em moeda local cresceram 33,4%
Do calendário económico, podemos esperar ainda a atualização do PIB americano (13:30) e, como de costume, os dados de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA (13:30).
Novo recorde de novos casos diários de coronavírus, com mais de 290.000 pessoas a testarem positivo. Fonte: worldometer, XTB