O petróleo está recuando fortemente hoje, com as quedas intensificadas por volta das 12h00*, após o relatório do DOE, que mostrou um aumento significativo nos estoques de petróleo. O relatório também indicou uma diminuição nos estoques de produtos petrolíferos, mas isso não indica necessariamente uma maior procura, uma vez que houve uma diminuição nas taxas de utilização das refinarias. Os dados relativos à procura implícita de combustível aumentaram em comparação com a semana passada, mas permanecem abaixo das médias. Também vale a pena mencionar que a pressão descendente apareceu ontem, depois que surgiram rumores sobre a possível venda adicional de petróleo de reservas estratégicas para reduzir os preços dos combustíveis. Essa pressão poderá aumentar à medida que se aproximam as eleições nos EUA.
Curiosamente, grande parte dos aumentos recentes deve-se a tensões geopolíticas. Por outro lado, o petróleo encontra-se num forte retrocesso, indicando a certeza do mercado sobre preços mais baixos no futuro e, ao mesmo tempo, certeza sobre a estabilidade geopolítica. É importante notar que a incerteza significativa no mercado de gás em 2022 fez com que não víssemos um retrocesso tão forte no mercado.
Portanto, se o risco geopolítico diminuir e a OPEP+ decidir restaurar alguma produção, poderemos experimentar um declínio nos preços para a faixa de 75-80 USD por barril no segundo semestre deste ano.
Do ponto de vista técnico, vale a pena notar que o cenário de um grande padrão de cabeça e ombros ainda está em jogo e, além disso, o suporte associado à média móvel de 100 períodos está sendo testado. A quebra desta linha em 2019 ou 2023 levou posteriormente a quedas bastante profundas.
*(Horário de Brasília)
Fonte: xStation5
O conteúdo aqui disponibilizado não constitui ou deve ser considerado conselho, recomendação, oferta ou solicitação de quaisquer produtos, ou serviços pela XTB. Este material tem caráter exclusivamente informativo. Para saber mais, acesse www.xtb.com/int-pt
Serviços intermediados por Finvest DTVM Ltda.
