Setor de luxo continua vulnerável ao atual contexto económico?

07:25 5 de agosto de 2025

O crescimento do setor tem sido impressionante com os gastos globais com bens de luxo a quadruplicaram entre 2000 e 2023, mas desde então que o setor tem vindo a abrandar, fruto do atual contexto económico. A incerteza económica agrava-se cada vez mais nos principais blocos mundiais (EUA e China) e as tarifas têm vindo a agravar ainda mais este cenário.

 

As ações de bens de luxo continuam muito atentas aos dados vindos da China, em particular às vendas no retalho da China, uma vez que é um mercado importante para o setor e que tem dado sinais mistos. Em Abril os dados ficaram aquém das expectativas dos analistas e as ações não tardaram a reagir, com a Hermes (RMS.FR), a Burberry (BRBY.UK) e a Moncler (MONC.IT) a caírem entre 2% e 6%.
No entanto, os meses que se seguiram mostraram recuperações com as vendas a retalho a registarem o maior crescimento em termos homólogos desde finais de 2023, mas as ações do setor continuam a dar sinais de fraqueza.

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Evolução das vendas a retalho e do consumo em termos homólogos desde Maio 2024. Fonte: National Bureau of Statistics of China

 

Por outro lado, nos EUA começamos a verificar um abrandamento nas vendas a retalho ao analisarmos as variações do indicador mensal. Os EUA, ao contrário da China, têm dado sinais de maior resiliência económica e os indicadores de padrões de consumo só agora é que começam a sinalizar mudanças, o que agrava as perspetivas das empresas no setor de luxo. 

Evolução mensal das vendas a retalho nos EUA desde Junho de 2024. Fonte: Fred

 

Com este contexto económico, as empresas têm vindo a reportar quedas nas vendas em termos homólogos e as perspetivas têm vindo a diminuir para os próximos trimestres. A única empresa que continuou a manter as perspetivas otimistas foi a Hermes, todas as outras acabaram por rever em baixa. Para além disto, o impacto das tarifas continua incerto nos bens de luxo pela Europa, o acordo entre os EUA e a UE tem vindo a ser acusado de que este acordo pode ser mais prejudicial para a UE, uma vez que os EUA são o maior parceiro económico da UE. 

 

Durante o período em que a economia chinesa esteve a dar sinais de maior fraqueza, as ações da Burberry estiveram mesmo em risco de deixarem de ser cotadas no FTSE Londres, devido às fortes depreciações em todos as métricas da empresa e ao facto de não cumprir os  requisitos necessários. 

 

YTD performance
 

  • Hermes -9,57%
  • Burberry +31,02% 
  • Kering -6,45%
  • LVMH -26,25%


 

Como resultado das revisões mais baixas para os próximos resultados, as ações têm vindo a descontar no preço. O gráfico abaixo representa bem essa desvalorização  com LVMH e a Hermes a sofrerem o maior impacto.  

 

Retorno acumulado das empresas de luxo ao longo dos últimos 5 anos. A linha a tracejado na vertical mostra o momento em que as empresas líderes no setor começaram a registar quedas.
 



















 

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