Introdução à gestão de risco

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A gestão de risco é um dos conceitos chave para o sucesso a longo prazo nos mercados financeiros – mas é também um dos aspetos mais esquecidos e desvalorizados no trading. Porque é que a gestão de risco é tão importante e como é que a pode implementar nas suas estratégias?

Nesta aula, vai aprender:  

  • Porque é que a gestão de risco é uma parte crucial do trading
  • Quais são os elementos que compõe uma estratégia de negociação de sucesso
  • O que são os rácios de recompensa/risco e porque é que podem ajudar a sua estratégia
     

A gestão de risco é um dos conceitos chave para o sucesso a longo prazo nos mercados financeiros – mas é também um dos aspetos mais esquecidos e desvalorizados no trading. Porque é que a gestão de risco é tão importante e como é que a pode implementar nas suas estratégias?

Pode ser o trader mais talentoso do mundo que é capaz de identificar facilmente oportunidades de investimento e, ainda assim, estragar a sua conta com uma má decisão e sem uma gestão de risco adequada. Independentemente de quão bom seja, ou da muita experiência que tenha, está sempre sujeito a sofrer perdas. Até os melhores traders do mundo sofrem perdas – faz parte da atividade. É por isso que gerir o risco é tão importante para o seu sucesso.

As regras de gestão de risco são fáceis de entender até para principiantes, mas pode ser desafiante colocá-las em prática devido às emoções envolvidas quando o que está em jogo é dinheiro de verdade.

Antes de avançarmos para técnicas específicas de gestão de risco, olhemos para como a gestão do dinheiro é um elemento crucial para uma estratégia de trading de sucesso.

Elementos de uma estratégia de trading de sucesso:

Uma estratégia vencedora consiste em três elementos cruciais:

  • Um sistema de trading com uma vantagem: a aplicação consistente das regras que governam uma estratégia em particular, como pontos específicos de entrada e saída ou negociar sempre na direção da tendência predominante. Talvez use médias simples de movimento para o ajudar a identificar uma nova tendência o mais cedo possível, e um indicador aleatório para o ajudar a determinar se é ou não seguro colocar uma negociação depois de uma convergência se alterar. Pode também usar o RSI (instrumento de partilha de risco) como uma confirmação extra que o ajuda a determinar a força da tendência. Qualquer que seja a sua estratégia de trading, tem de ser adequada a si, já que é quem a vai usar, e depois aplicada às suas negociações.
     
  • Controlar as suas emoções: se já testou a sua estratégia numa conta demo e numa conta real, pode ter notado que os resultados são diferentes. Isto porque quando se trata de fundos reais, a psicologia desempenha um papel decisivo. Certas emoções como o medo, ganância ou entusiasmo podem impedi-lo de seguir o seu plano, o que pode potencialmente gerar resultados negativos. Regra geral, é considerado boa prática deixar que os lucros continuem e travar as perdas cedo, por isso o melhor é controlar as emoções e seguir o seu plano de trading.
     
  • Gestão de dinheiro: é uma parte crucial da sua estratégia que especifica a dimensão da sua posição, a quantidade de alavancagem utilizada e níveis de Stop Loss e Take Profit. Uma boa gestão do dinheiro é uma parte vital de negociações de sucesso a longo-prazo. Ajuda a maximizar quaisquer lucros e a minimizar perdas, e também impede que se corram demasiados riscos.

Como pode ver, considerar corretamente estes elementos vai ajudá-lo a maximizar os seus lucros e a minimizar as suas perdas. Se apenas usar dois dos três elementos acima descritos, mais tarde ou mais cedo vai encontrar um impasse que poderia ter sido evitado. Um dos pontos chave do trading é manter-se “vivo” durante o máximo de tempo que conseguir.

Então, que elementos compõe uma boa gestão de dinheiro? Olhemos para algumas das técnicas que o podem ajudar a controlar o risco:

  • A dimensão da sua posição
  • Cobertura – entrar com várias posições de uma só vez em mercados opostos
  • Negociar em horas específicas  
  • Níveis de Stop Loss e Take Profit
  • Saber quando acatar perdas

Olhemos para um exemplo onde um destes elementos está a ser amplamente ignorado. Neste exemplo, digamos que tem 5.000$ de fundos na sua conta e que vende o par EUR/USD negociando com 4,59 lotes e uma alavancagem de 100:1. Decide não aplicar uma ordem de stop loss à sua negociação. Está a utilizar a maioria dos fundos da sua conta nesta única posição (4.998,51$), o que lhe dá uma margem pequena caso o preço se mova negativamente. Sem uma ordem de stop loss, cada movimento de um pip equivale a um ganho ou uma perda de 45,90$.

Vejamos o que acontece de seguida. São divulgados alguns dados e os mercados reagem valorizando o euro em mais de 50 pips face ao USD. Este movimento faz com que a negociação entre em perdas de 2.245$ numa questão de minutos, o que equivale a metade dos seus fundos e o deixa com apenas uma parte do seu dinheiro para reconstruir a sua conta. Antes de decidir que passo dar a seguir – se quer limitar as suas perdas, adicionar uma ordem de stop loss para prevenir futuras perdas ou reduzir a dimensão da sua posição –, ocorre outra oscilação em 50 pips contra si, o que significa que vai sofrer outra perda de 2.245$. Assim, com este movimento de 100 pips, terá perdido 4.490$.

Esta negociação é um exemplo claro de uma posição que não utiliza ordens de stop loss e que mostra o quão perigoso isso pode ser para a sua conta.

Gerir o risco:

Como mencionado acima, até os melhores traders acabam por sofrer algumas perdas. Faz parte da atividade. O importante é limitá-las para que não ultrapassem um nível que seja controlável. Desta forma, vai ver que consegue manter-se no mercado por mais tempo, o que faz com que as suas hipóteses de negociar com sucesso aumentem. Uma forma de garantir que encontra um bom equilíbrio entre risco e benefício é manter um rácio de recompensa/risco como 2:1 ou mesmo 3:1, no qual os lucros que pretende atingir são sempre o dobro das perdas máximas que está disposto a sofrer. Por isso, mesmo que perca em três negociações, só precisa de ter duas lucrativas para garantir que o total de lucro ultrapassa as perdas, isto se mantiver esse rácio recompensa/risco. Apesar de não ser uma regra pré-estabelecida, pode ajudar-nos a visualizar uma abordagem específica à gestão de risco.

Olhemos agora para dois traders que inicialmente têm 10.000$ e utilizam um rácio de recompensa/risco de 2:1, mas aplicam diferente níveis de gestão de dinheiro nas suas negociações. O primeiro trader utiliza uma abordagem muito agressiva, arriscando 60% do seu capital em cada negociação, e procurando lucrar nos 120%. O segundo trader é muito mais conservador: apenas arrisca 5% dos fundos da sua conta e procura lucrar nos 10%. Para simplificar, vamos imaginar que cada trader tem um conjunto de dez transações, e que cada segunda negociação é lucrativa.

Estas tabelas mostram os resultados de dois traders que utilizam diferentes níveis de gestão de risco.

Apesar de ambas estratégias terem a mesma taxa de sucesso, o mesmo capital inicial e o mesmo rácio de recompensa e risco de 2:1, o resultado final difere de forma significativa por causa dos estilos diferentes de gestão do dinheiro. A abordagem mais agressiva do primeiro trader resulta numa perda de 47%, enquanto o segundo trader fica com 25% de lucro total nos 12.462$. Por isso pode ver como um pequeno ajuste na sua abordagem à gestão de risco lhe pode dar lucros mais saudáveis.

Uma parte crucial do trading:

Como verificado, a gestão de risco pode ser uma parte crucial das negociações. Um trader experiente sabe quanto está disposto a arriscar. O mesmo não acontece no caso de principiante, como o seu, e, por isso, deve fazer tudo ao seu alcance para evitar perdas significativas. As perdas fazem parte da atividade e são inevitáveis, mas é essencial saber lidar com elas. Outro aspeto importante é saber gerir o lucro. Um trader bem-sucedido tem de encontrar um equilíbrio entre os dois resultados de uma negociação – ou maximiza o lucro ou minimiza o prejuízo.

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