As bolsas abrem em alta, no rescaldo da reunião do G20 e com as tensões entre os EUA e a China a acalmarem.
Mas, por outro lado, os focos de tensão comercial vão despoletando noutras zonas do globo. Entre elas na Europa. Os EUA têm dito que não concordam com os benefícios dados pela União Europeia à Airbus, concorrente da americana Boeing. Nesta justificação, aumentam os impostos à importação de bens europeus. Os EUA avançam também com impostos à importação de aço do Vietname. Resta saber agora, quanto tempo vai durar o sentimento positivo dos investidores proveniente da reunião do G20.
Hoje, a bolsa dos EUA fecha mais cedo, às 18:00H. Espera-se mais volatilidade no início da sessão norte-americana. Amanhã, as bolsas dos EUA estarão fechadas, para comemoração do dia da independência.
Os investidores começam agora a focar a sua atenção nos dados do NFP - dados do mercado laboral norte-americano -, divulgados na próxima sexta-feira, de forma a tentarem perceber se a FED ainda terá justificação para cortar as taxas de juro - se os dados saírem negativos.
Na Europa, Christine Lagarde foi nomeada para presidente do BCE. Não se espera grande volatilidade nos mercados, uma vez que se espera que Christine siga as políticas dovish de Mario Draghi.
Em Portugal, a Jerónimo Martins recupera da queda brusca, superior a 5%, do dia de ontem, uma vez que ainda não se sabem bem como irão ser aplicadas as taxas ao retalho na Polónia, apresentadas ontem. Não nos podemos esquecer que grande parte das receitas da JM provêem da operação da Biedronka na Polónia e é normal que notícias que desfavoreçam a operação no país, tenham um reflexo forte na cotação da empresa de retalho portuguesa. O BCP segue a sua trajetória ascendente e a notícia de que a Jefferies aumentou o seu preço alvo para os 0.32 EUR consolida o sentimento económico positivo em relação ao maior banco privado português.