A inflação do IPC dos EUA ficou acima das expectativas do mercado. A leitura global situou-se em 3,7% y/y contra as expectativas de 3,6% y/y. Mensalmente, tivemos uma leitura em linha com as expectativas de 0,6% m/m. O núcleo caiu em linha com as expectativas para 4,3% y/y, mas ao mesmo tempo o mensal ficou acima das expectativas, subindo 0,3% m/m. Mas será que isto altera a posição da Fed?
Outros detalhes do relatório:
- Os custos de habitação aumentam 0,3% m/m, com o anterior aumento de 0,4% m/m. Numa base anual, trata-se de um aumento de 7,3% em relação aos 7,7% anteriores. Estes dados serão certamente bem recebidos pela Fed
- Salários semanais reais -0,1% contra 0,0% anteriormente Inflação dos serviços excluindo rendas e custos de habitação 0,5% m/m contra os anteriores 0,2%. No entanto, isto pode dever-se a factores pontuais
- O aumento da inflação mensal deveu-se aos combustíveis e à eletricidade. Os preços da energia aumentaram 5,6% m/m, e o preço da gasolina, por si só, aumentou 10,6% m/m
O mercado reduziu as suas expectativas de uma subida em setembro, mas vê possibilidades de uma tal subida em dezembro. Muito dependerá do facto de a inflação começar a abrandar novamente, e muitos factores dizem que poderá recuperar no final do ano. No relatório de hoje, não ficámos a conhecer quaisquer dados que possam alterar a decisão da Fed. Há uma boa hipótese de que seja para manter as taxas de juro (como em junho), embora, ao mesmo tempo, deixe um espaço para possíveis aumentos mais tarde. No entanto, não está fora de questão que o dólar se mantenha forte até à decisão da Fed da próxima semana.
As rendas continuam a ser o maior contributo para a inflação. O resto dos serviços estão a aguentar-se bastante bem, com aumentos nos custos de transporte ou de comer fora. Os automóveis usados registaram uma queda considerável, mas os combustíveis deixarão em breve de contribuir negativamente para a inflação anual. Fonte: Bloomberg Finance LP, XTB
