Pfizer pagará mais de US$ 1 bilhão por terapia contra o câncer desenvolvida na China 💉

14:48 20 de maio de 2025

As ações da Pfizer sobem quase 2% após o anúncio de que a empresa comprará a licença de uma nova terapia de imunoncologia da gigante chinesa de biotecnologia 3SBio Inc. O pagamento inicial de US$ 1,25 bilhão representa o maior acordo de licenciamento do tipo com uma empresa farmacêutica chinesa.

As ações da Pfizer estão se recuperando da segunda baixa que atingiu o setor de biotecnologia após Donald Trump assinar uma ordem executiva sobre preços de medicamentos prescritos. O papel rompeu a média móvel exponencial de 30 dias (EMA30, roxa clara), embora os ganhos tenham parado no nível de retração de Fibonacci de 23,6%. Um possível rompimento acima da média móvel de 100 dias (EMA100, roxa escura) seria fundamental para retornar à zona de consolidação recente.


Fonte: xStation5

O início de uma parceria próxima

A terapia no centro do acordo, SSGJ-707, é um tratamento oncológico inovador que estimula o sistema imunológico a combater tumores e inibe a formação de novos vasos sanguíneos essenciais para o crescimento tumoral. A terapia está atualmente em testes clínicos para múltiplos tipos de tumores, com estudos em estágio avançado previstos para começar na China até o final de 2025.

O acordo de licenciamento marca o início de uma colaboração mais ampla e reflete o crescente interesse da Pfizer na inovação biotecnológica chinesa. Os pagamentos por marcos clínicos podem totalizar até US$ 4,8 bilhões, e a farmacêutica americana também planeja investir aproximadamente US$ 100 milhões na 3SBio. A Pfizer será responsável pela fabricação da terapia nos EUA e por sua distribuição global.

Supervalorização ou investimento estratégico?

Comparado a uma transação semelhante da Merck (US$ 588 milhões iniciais + US$ 2,7 bilhões em pagamentos por marcos), a Pfizer parece estar pagando um prêmio por sua entrada relativamente tardia no espaço de terapias oncológicas de nova geração. Diante de mudanças recentes em sua estrutura de capital e da queda geral nas ações desde a pandemia de COVID-19, o acordo possui importância estratégica fundamental para assegurar a posição da Pfizer em um mercado em rápido crescimento.

Um acordo que desafia o protecionismo

O crescente interesse pela inovação farmacêutica vinda da China contrasta com o aumento do isolacionismo dos EUA, especialmente no setor de saúde e fornecimento de medicamentos. Donald Trump tem reiteradamente defendido a redução da dependência de medicamentos fabricados na Ásia — especialmente na China e na Índia —, além de questionar sua qualidade e segurança. Como consequência, o acordo gerou otimismo no setor farmacêutico chinês — o subíndice de saúde do Hang Seng superou o mercado chinês mais amplo hoje, com alta de 3,8%.

Apesar da receita relativamente estável nos últimos trimestres, as ações da Pfizer continuam sob pressão devido à forte concorrência e à ausência de um pipeline de medicamentos inovadores. Com um índice P/L futuro de 8,4, a empresa continua relativamente barata em comparação ao setor farmacêutico mais amplo e ao índice S&P 500.


Fonte: XTB Research

 

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