Após o sell-ff que começou na quarta-feira, depois de Trump ter anunciado novas tarifas, hoje os mercados de muitos países estão finalmente a mostrar uma ligeira recuperação. O otimismo dos investidores é alimentado pela esperança de progressos a nível das negociações e pela potencial redução das taxas aduaneiras para, pelo menos, alguns parceiros comerciais.
De acordo com o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, cerca de 70 países já contactaram a administração dos EUA, manifestando interesse em negociar acordos comerciais. No entanto, a situação está longe de estar resolvida e subsiste uma incerteza considerável, nomeadamente no que respeita à União Europeia, ao Canadá e à China, os principais parceiros comerciais dos EUA. Vejamos os progressos realizados por determinados países nestas negociações.
Comece a investir hoje ou teste gratuitamente uma conta demo
Abrir Conta Abrir Conta Demo Download mobile app Download mobile app
Japão
- Direitos aduaneiros impostos: 25% sobre as importações de automóveis, 24% sobre outros bens.
- Impacto económico: Redução potencial do crescimento do PIB até 0,8%.
- Reação: O primeiro-ministro Shigeru Ishiba está a insistir que Trump reconsidere a decisão.
- Situação das negociações: As conversações deverão começar em breve; o Japão está a insistir na redução dos direitos aduaneiros.
A partir de 8 de abril de 2025, o Japão poderá enfrrentar uma pressão económica grande devido às novas tarifas dos EUA - 25% sobre os automóveis importados e 24% sobre outros bens - que poderão reduzir o crescimento do PIB do país até 0,8%. Em resposta, o Primeiro-Ministro Shigeru Ishiba apelou ao Presidente Trump para que reconsiderasse estas medidas.
Nas últimas horas, o Japão valorizou o estatuto de prioridade nas negociações comerciais dos EUA, reforçado por uma chamada telefónica ontem entre Ishiba e Trump. Espera-se que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial, Jamieson Greer, representem os EUA nas conversações. Declarações anteriores de Trump sugerem que o Japão mobilizou a sua melhor equipa de negociação, aumentando as esperanças de um acordo. Este progresso está a alimentar o otimismo no mercado accionista - o índice JP225 do Japão está a recuperar 2,75% hoje, e subiu quase 9,50% em relação aos mínimos de ontem.
Fonte: xStation 5
União Europeia (UE)
- Proposta da UE: Eliminação dos direitos aduaneiros sobre os produtos industriais segundo o princípio “zero por zero”.
- Resposta dos EUA: Trump rejeitou a proposta devido a outros desequilíbrios comerciais.
- Medidas de retaliação: A UE está a considerar a aplicação de direitos aduaneiros aos produtos americanos.
- Posição: A UE prefere o diálogo, mas está preparada para tomar medidas proporcionais.
A UE propôs um acordo “zero-for-zero” destinado a eliminar os direitos aduaneiros mútuos sobre os produtos industriais, a fim de aliviar as tensões comerciais com os EUA. No entanto, o Presidente Trump rejeitou a proposta, invocando os desequilíbrios comerciais que subsistem. O comissário europeu para o Comércio, Maroš Šefčovič, manifestou vontade de negociar, mas notou uma falta de “verdadeiro compromisso” por parte dos EUA.
Em resposta à rejeição dos EUA, a UE está a considerar a aplicação de tarifas de retaliação às importações americanas - potencialmente a partir de 15 de abril - visando bens selecionados com uma taxa de 25%. Estas medidas só serão aplicadas se as conversações bilaterais falharem. A UE está atualmente a realizar discussões com os Estados-Membros para estabelecer uma posição unida. Embora as negociações continuem a ser a via preferida, a UE está pronta a tomar medidas de retaliação proporcionais, se necessário.
O índice Euro Stoxx 50 está a recuperar 2,12% hoje, valorizando um total de 4,85% em relação aos mínimos de ontem. Trata-se de uma recuperação mais fraca em comparação com o índice JP225 do Japão. Ambos os índices tinham anteriormente caído cerca de 17-18% em relação aos seus níveis do final de março.
Fonte: xStation 5
Cooperação UE-China
- “A China e a UE devem intensificar a cooperação, assegurar o comércio e o investimento livres e abertos”, - meios de comunicação social estatais chineses.
- A China está disposta a reforçar a confiança política mútua com a UE.
No meio da escalada das tensões comerciais transatlânticas, a UE está a tentar reforçar os seus laços com a China. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, debateu recentemente o aprofundamento da cooperação comercial com o Primeiro-Ministro chinês, Li Qiang. Ambas as partes manifestaram o seu apoio a uma reforma do sistema comercial mundial. No entanto, a UE mantém-se cautelosa devido aos persistentes desequilíbrios comerciais e ao afluxo de produtos subsidiados provenientes da China.
China
As tensões entre os Estados Unidos e a China voltaram a aumentar esta semana. O Presidente Donald Trump ameaçou impor mais 50% de direitos aduaneiros às importações chinesas, a menos que Pequim retire os 34% de direitos aduaneiros de retaliação que anunciou na passada sexta-feira - até ao final do dia de hoje. A China declarou que vai “lutar até ao fim”, recusando-se a fazer concessões e manifestando a sua disponibilidade para implementar contramedidas.
Ontem, Trump também anunciou no Truth Social que está a terminar as conversações comerciais com a China e a cancelar reuniões agendadas, aprofundando os receios de uma guerra comercial prolongada.
O índice CHN.cash perdeu pouco mais de 18% desde o final de março, devido à escalada da guerra comercial com os EUA. Sem progressos nas negociações e com a possibilidade de mais tarifas já amanhã, os índices chineses estão a registar a recuperação mais fraca. Hoje, o CHN.cash subiu 2,50%, e apenas 4,00% em relação aos mínimos recentes.
Fonte: xStation 5
Vietname
O Vietname manifestou vontade de aumentar as importações de bens americanos - incluindo produtos de defesa e segurança - como parte dos esforços para reduzir o seu excedente comercial com os EUA. Além disso, o Vietname solicitou um atraso de 45 dias na aplicação dos direitos aduaneiros americanos de 46% para facilitar as negociações.
Taiwan
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Lin Chia-lung, declarou que a ilha está pronta para entrar em negociações comerciais com os EUA “em qualquer altura”. Embora os semicondutores - a principal exportação de Taiwan - estejam atualmente excluídos das novas tarifas dos EUA, as acções da TSMC caíram quase 26% em relação aos máximos recentes, reflectindo preocupações mais amplas. A abordagem proactiva de Taiwan visa atenuar as potenciais consequências económicas.
Fonte: xStation 5
Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65 / UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, sobre os mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92 / CE e Diretiva 2011/61/ UE (MiFID II). A comunicação de marketing não é uma recomendação de investimento ou informação que recomenda ou sugere uma estratégia de investimento na aceção do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014 sobre o abuso de mercado (regulamentação do abuso de mercado) e revogação da Diretiva 2003/6 / CE do Parlamento Europeu e do Conselho e das Diretivas da Comissão 2003/124 / CE, 2003/125 / CE e 2004/72 / CE e do Regulamento Delegado da Comissão (UE ) 2016/958 de 9 de março de 2016 que completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas regulamentares para as disposições técnicas para a apresentação objetiva de recomendações de investimento, ou outras informações, recomendação ou sugestão de uma estratégia de investimento e para a divulgação de interesses particulares ou indicações de conflitos de interesse ou qualquer outro conselho, incluindo na área de consultoria de investimento, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. A comunicação de marketing é elaborada com a máxima diligência, objetividade, apresenta os factos do conhecimento do autor na data da preparação e é desprovida de quaisquer elementos de avaliação. A comunicação de marketing é elaborada sem considerar as necessidades do cliente, a sua situação financeira individual e não apresenta qualquer estratégia de investimento de forma alguma. A comunicação de marketing não constitui uma oferta ou oferta de venda, subscrição, convite de compra, publicidade ou promoção de qualquer instrumento financeiro. A XTB, S.A. - Sucursal em Portugal não se responsabiliza por quaisquer ações ou omissões do cliente, em particular pela aquisição ou alienação de instrumentos financeiros. A XTB não aceitará a responsabilidade por qualquer perda ou dano, incluindo, sem limitação, qualquer perda que possa surgir direta ou indiretamente realizada com base nas informações contidas na presente comunicação comercial. Caso o comunicado de marketing contenha informações sobre quaisquer resultados relativos aos instrumentos financeiros nela indicados, estes não constituem qualquer garantia ou previsão de resultados futuros. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros, e qualquer pessoa que atue com base nesta informação fá-lo inteiramente por sua conta e risco.