Análise PSI - 1º Semestre

12:27 2 de julho de 2025

Análise do PSI no Primeiro Semestre de 2025
 

O PSI terminou o primeiro semestre de 2025 com uma valorização de aproximadamente 18% em termos de preço, e perto de 22% quando incluímos os dividendos distribuídos pelas empresas, refletindo uma performance sólida num contexto marcado por incertezas macroeconómicas, políticas e ajustamentos geopolíticos relevantes.

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Este desempenho deve-se a um conjunto de fatores estruturais e conjunturais. Desde logo, a composição pouco diversificada do índice, com forte peso no setor financeiro, acabou por amplificar os ganhos. A banca foi o motor de crescimento, claramente beneficiada por um ambiente de taxas de juro ainda elevadas, spreads confortáveis e custos de financiamento relativamente baixos. O BCP, com uma valorização superior a 41%, foi o melhor exemplo dessa dinâmica, que também foi transversal por toda a Europa.

Em segundo lugar, o pagamento dos dividendos desempenhou um papel central. A elevada remuneração acionista oferecida por várias empresas do PSI atraiu investidores em busca de rendimento passivo, numa fase em que as taxas de juro de referência começaram a corrigir em baixa e os depósitos bancários mantiveram-se com rendibilidades pouco atrativas. Este fator ajudou a consolidar fluxos para o mercado acionista nacional.

Terceiro, a baixa atratividade do mercado obrigacionista contribuiu também para este movimento. A subida das yields foi gradual, mas insuficiente para competir com a rentabilidade esperada dos dividendos e o potencial de valorização das ações. A yield das obrigações portuguesas a 10 anos subiu de 2,855% para 3,063% no período (+6,39%), enquanto as Bunds alemãs passaram de 2,40% para 2,591% (+7,74%), com os spreads praticamente inalterados, sinalizando estabilidade relativa no risco soberano português.

Por último, há que destacar o contexto europeu. A revisão em alta das perspetivas de crescimento económico da Zona Euro, motivada em parte pelos novos pacotes de investimento em defesa e infraestrutura militar, introduziu um novo paradigma. Este reposicionamento estratégico está a gerar fluxos adicionais para todos os mercados da Zona Euro.

Performance por Empresa no PSI (1.º Semestre 2025)

Empresa

Variação (%)

BCP

+41,09%

CTT

+40,33%

REN

+34,43%

SONAE

+36,17%

EGL

+31,21%

IBS

+30,21%

JMT

+21,08%

EDP

+20,28%

NOS

+19,07%

SEMAPA

+18,68%

GALP

-1,87%

COR

-1,36%

EDPR

-2,30%

Altri

-6,54%

Navigator

-10,28%

Destaques

  • Melhores desempenhos: BCP, CTT e REN foram as grandes vencedoras, todos com subidas expressivas, beneficiando de fundamentos sólidos e de um contexto favorável ao seu setor.
     
  • Piores desempenhos: Navigator, Altri e EDPR registaram correções, em parte explicadas por fatores setoriais (pressão nos custos de produção, volatilidade nos mercados de energia e ajustamentos na procura global por matérias-primas e renováveis).
     

No geral, o primeiro semestre do PSI foi marcado por uma forte performance apoiada em fundamentos sólidos, contexto macro favorável na Europa, atratividade relativa face a outros ativos e resiliência das empresas cotadas. O segundo semestre trará novos desafios, mas a base atual oferece um ponto de partida robusto para potenciais ganhos adicionais — ainda que mais seletivos e dependentes da evolução do contexto global. Nesta altura, se o capital começar a rodar para outras partes do globo será de esperar que as valorizações do segundo semestre sejam bem menos expressivas.



 

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Escrito por

Vítor Madeira

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