Bancos americanos alertam para o aumento dos riscos

09:04 16 de abril de 2025

A temporada dos resultados (earnings) referentes ao primeiro trimestre de 2025 em Wall Street arrancou na sexta-feira passada, com os bancos a publicarem os seus relatórios.
Os investidores têm estado especialmente atentos aos resultados dos grandes bancos, à medida que as condições económicos começam a dar sinais de deterioração, ao mesmo tempo que tentam avaliar as perspetivas de impacto da questão das tarifas na economia. 

Comece a investir hoje ou teste gratuitamente uma conta demo

Abrir Conta Abrir Conta Demo Download mobile app Download mobile app

De um modo geral, as perspectivas para os resultados do 1º trimestre deste ano apontam para uma desaceleração em praticamente todos os setores, cujo setor Financeiro poderá ser o mais afetado em termos de crescimento.

Bancos em destaque

  • Bank of America
  • Goldman Sachs
  • JPMorgan
  • Blackrock 

As ações do Bank of America (BAC.US) valorizaram 3,90% depois de o banco ter publicado resultados melhores do que os esperados, com o EPS a subir 18% em relação ao ano anterior. Os Mercados Globais lideraram os resultados com um 12º trimestre consecutivo de crescimento das vendas e das receitas comerciais. Espera-se que a receita líquida de juros aumente para $15,5Mm-$15,7Mm no quarto trimestre, acima dos $14,6Mm no primeiro trimestre, alinhando-se com as expectativas.

As ações do Goldman Sachs (GS.US) valorizaram 1,4% após ter apresentado fortes resultados referentes ao primeiro trimestre , que excederam as expectativas dos analistas. O banco de investimento registou uma receita líquida de 15,06 mil milhões de dólares, um aumento de 6% em relação ao ano anterior e acima da estimativa de 14,76 mil milhões de dólares. As vendas de ações e as receitas de negociação foram particularmente fortes, atingindo 4,19 mil milhões de dólares, superando significativamente a estimativa de 3,8 mil milhões de dólares, enquanto as receitas de FICC (Fixed Income, Currency and Commodities) atingiram 4,40 mil milhões de dólares.
O banco também aprovou um programa de recompra de ações no valor de até 40 mil milhões de dólares.

No caso do JPMorgan (JPM.US), as ações subiram 2% depois do banco ter apresentado receitas recorde no primeiro trimestre, impulsionadas pela volatilidade do mercado desencadeada por anúncios de políticas do Presidente Donald Trump após a sua tomada de posse em janeiro. O gigante do sector bancário apresentou um EPS de 5,07 dólares, acima dos 4,44 dólares registados há um ano e a receita ficou nos 45,31 mil milhões de dólares, face aos 41,93 mil milhões de dólares há um ano. Os analistas esperavam que o EPS ficasse nos 4,64 dólares, enquanto que a receita ficasse nos 43,55 mil milhões de dólares,

Por outro lado, os resultados da BlackRock (BLK.US) ficaram ligeiramente abaixo das expectativas em quase todas as principais métricas financeiras. Estes resultados ainda não incluem o pânico do mercado que surgiu após o “Dia da Libertação” de Trump, mas já refletem o aumento da incerteza dos investidores, o que resultou em entradas líquidas inferiores às previstas. No entanto, o fundo estabeleceu outro recorde de ativos sob gestão, atingindo 11,58 biliões de dólares no final do primeiro trimestre de 2025, um aumento de 11% em relação ao ano anterior.
Embora as receitas da empresa tenham sido de 5,28 mil milhões de dólares, perto das estimativas de 5,3 mil milhões de dólares, as suas entradas líquidas ascenderam a 84,17 mil milhões de dólares, quase 12 mil milhões de dólares menos do que a estimativa de consenso. As saídas de capital institucionais de 37,18 mil milhões de dólares mostraram uma ligeira deterioração do sentimento entre os clientes profissionais.

Desempenho dos principais bancos norte-americanos este ano. O JPMorgan (JPM) tem conseguido superar o desempenho dos seus pares ao longo deste primeiro trimestre bastante volátil. Fonte: Koyfin

Perspectivas sombrias devido à situação macroeconómica agravada pelas tarifas

Embora os resultados dos bancos tenham sido, de um ponto de vista geral, positivos, os alertas das grandes instituições para os próximos meses aumentaram.
O Goldman Sachs  publicou recentemente um relatório onde analisa a atual correção do mercado acionista, alertando para o risco das bolsas entrarem em “bear market”. 

Também o Diretor Executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, alertou para o facto de uma recessão nos EUA ser um desfecho provável, devido à persistência da inflação, ao abrandamento do crescimento e aos incumprimentos de crédito previstos, embora ainda não se tenha registado nenhum.

Ainda assim, a incerteza no mercado persiste e os dados mais recentes sobre a inflação nos EUA mostraram que a inflação está a abrandar mais do que se esperava, enquanto que a atividade económica e o emprego continuam resilientes. Contudo, a guerra comercial que se tem intensificado nos últimos tempos tem sido o ponto mais sensível para os mercados e está relacionado com os recentes comentários por parte de alguns dos maiores bancos norte-americanos.


 

Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65 / UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, sobre os mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92 / CE e Diretiva 2011/61/ UE (MiFID II). A comunicação de marketing não é uma recomendação de investimento ou informação que recomenda ou sugere uma estratégia de investimento na aceção do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014 sobre o abuso de mercado (regulamentação do abuso de mercado) e revogação da Diretiva 2003/6 / CE do Parlamento Europeu e do Conselho e das Diretivas da Comissão 2003/124 / CE, 2003/125 / CE e 2004/72 / CE e do Regulamento Delegado da Comissão (UE ) 2016/958 de 9 de março de 2016 que completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas regulamentares para as disposições técnicas para a apresentação objetiva de recomendações de investimento, ou outras informações, recomendação ou sugestão de uma estratégia de investimento e para a divulgação de interesses particulares ou indicações de conflitos de interesse ou qualquer outro conselho, incluindo na área de consultoria de investimento, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. A comunicação de marketing é elaborada com a máxima diligência, objetividade, apresenta os factos do conhecimento do autor na data da preparação e é desprovida de quaisquer elementos de avaliação. A comunicação de marketing é elaborada sem considerar as necessidades do cliente, a sua situação financeira individual e não apresenta qualquer estratégia de investimento de forma alguma. A comunicação de marketing não constitui uma oferta ou oferta de venda, subscrição, convite de compra, publicidade ou promoção de qualquer instrumento financeiro. A XTB, S.A. - Sucursal em Portugal não se responsabiliza por quaisquer ações ou omissões do cliente, em particular pela aquisição ou alienação de instrumentos financeiros. A XTB não aceitará a responsabilidade por qualquer perda ou dano, incluindo, sem limitação, qualquer perda que possa surgir direta ou indiretamente realizada com base nas informações contidas na presente comunicação comercial. Caso o comunicado de marketing contenha informações sobre quaisquer resultados relativos aos instrumentos financeiros nela indicados, estes não constituem qualquer garantia ou previsão de resultados futuros. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros, e qualquer pessoa que atue com base nesta informação fá-lo inteiramente por sua conta e risco.

Escrito por

Henrique Tomé

Partilhar:
Voltar

Junte-se a mais de 1 000 000 investidores de todo o mundo