Um olhar pelo mercado
Depois de um ano espetacular para os mercados financeiros, os investidores voltam a questionar-se quanto ao futuro. Os índices acionistas estão em queda livre e o medo quanto ao futuro regressou aos mercados, em alguns casos como não era visto desde o COVID ou até mesmo a crise do sub-prime. O que é que devemos dar destaque na Europa?
Comece a investir hoje ou teste gratuitamente uma conta demo
Abrir Conta Download mobile app Download mobile appA economia europeia vinha a desacelerar ao longo do último ano, colocando algumas preocupações aos investidores e decisores políticos, no entanto, o otimismo norte-americano continuava a aumentar as expectativas de recuperação, mesmo com as condicionantes da guerra às portas da Europa. O fornecimento de cereais e de combustíveis condicionava alguns setores da economia e questionava o BCE sobre a possibilidade de uma inflação mais elevada e difícil de combater. No início do ano, altura em que a inflação dava sinais de abrandamento e que em simultâneo a Europa se preparava para injetar mais dinheiro na economia pelo pacote da guerra anunciado por Ursula Von der Leyen, a expectativa era positiva para a maior parte dos investidores. Contudo, o paradigma nos EUA alterou-se e fez descambar as expectativas a nível mundial, a imposição das tarifas , o afastamento comercial dos EUA com o resto mundo e uma possível recessão estão em cima da mesa. Sabemos que quando os EUA entram em recessão todo o mundo é condicionado e é assim que os índices acionistas por todo o globo estão a reagir, medo de um abrandamento macroeconómico forte a nível global. Neste momento, os níveis de emprego continuam muito altos, o que pode dar tempo aos decisores políticos para intervirem na economia antes que os efeitos nefastos de expectativas futuras na economia cheguem à população em geral.
Por outro lado, nem tudo é mau, o preço das matérias-primas está em queda livre, com grande destaque para o petróleo. A descida do petróleo, poderá provocar uma clara pressão descendente sobre os preços de todos os produtos, o que pode facilitar muitas indústrias, mas em simultâneo reduzir as expectativas quanto ao investimento futuro.
Em relação à moeda, desde o anúncio do pacote de guerra da Comissão Europeia que o euro tem ganho força constante contra o dólar. Isto pode ajudar atenuar em parte o efeito das tarifas, já que provoca que as importações sejam mais baratas para os países europeus, mas por outro lado as exportações também ficarão mais caras para o resto do mundo. Adicionalmente, também dá espaço ao BCE para conseguir cortar taxa de juro, quantitative easing e intervenções na economia com compras de ativos no seu balanço.
Em relação às taxas de juro da dívida pública, o disparo inicial depois do anúncio do pacote de guerra está agora a ser amenizado pelas expectativas de cortes na taxa de juro à medida que as perspectivas de inflação abrandam. O mercado monetário conta com vários cortes por parte da FED e por parte do BCE ao longo do ano e estes podem acontecer mais rápido do que se esperava. Donald Trump tem mostrado que é necessário reduzir a taxa de juro rapidamente, numa altura em que a inflação começa a desaparecer e as expectativas macro têm-se vindo a deteriorar.
Em conclusão, as tarifas podem dar uma oportunidade à Europa para se desenvolver, encontrar novos aliados comerciais e não depender tanto a nível militar dos EUA. Por outro lado, os tempos de mudança podem causar choques. O endividamento excessivo por parte da Europa pode trazer mais problemas no médio prazo e gerar novamente inflação, condicionando as gerações futuras e taxas de juro mais elevadas.
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