Se olharmos para a dívida pública em percentagem do PIB desde 2000, no caso português vemos uma aceleração no montante de dívida contraída a partir da crise de 2008, sendo posteriormente os tempos da troika onde os juros e a dívida ficaram descontrolados. A partir de 2013 a dívida pública em função do PIB começou a estabilizar tendo ainda um pico na altura do COVID relacionado com quedas no PIB, posteriormente ao COVID temos assistido a uma queda substancial na dívida pública em função do PIB, derivado de crescimentos nominais em grande parte explicados pelo aumento dos preços (inflação). Para além disso, a carga fiscal em função do PIB tem vindo a subir ano após ano e aliada ao contexto inflacionário foi o cocktail perfeito para que o país conseguisse reduzir a sua dívida total em função do PIB.
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Já no que toca ao rating, entre 2011 e 2017, Portugal esteve classificado como "junk" (lixo) por várias agências de notação financeira, consequência direta da crise da dívida soberana europeia e do pedido de ajuda financeira à Troika. Este período foi marcado por uma forte perda de confiança dos mercados na capacidade do Estado português de cumprir as suas obrigações financeiras.
A partir de 2017, iniciou-se uma trajetória de recuperação gradual, com melhorias progressivas nos ratings atribuídos pelas agências internacionais. Este movimento marcou o regresso de Portugal ao estatuto de "investment grade", sinalizando um ambiente económico e financeiro mais estável.
Nos anos mais recentes, nomeadamente em 2023, 2024 e 2025, Portugal atingiu classificações consideradas sólidas: Moody’s atribuiu um rating de A3, a S&P classificou o país com A, e a DBRS com A (+).
Evolução do Rating de Portugal
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Fonte:TradingEconomics
Expectativas FuturasAs expectativas para o rating e para a dívida portuguesa vão estar totalmente ligadas em relação à conjuntura macroeconómica global e nacional, contudo a variável importante será sempre como o orçamento do estado e a componente fiscal são desenvolvidas. Vejamos que o rating da dívida está totalmente ligado à componente de dívida total em função do PIB, ao défice orçamental, ao crescimento económico, as yields no mercado obrigacionista e à perspetiva futura. Portanto, quando Portugal começou a reduzir a sua dívida total em função do PIB e a reduzir drasticamente os seus défices orçamentais, o rating da dívida foi melhorando, assim o mercado está sempre preocupado com a capacidade de Portugal para cumprir com as suas obrigações de crédito no futuro.
Top 5 - PSI - Capitalização Bolsista
EDP 14.63B - 5,68% Dividend yield
JMT 13.58B - 2,75% Dividend yield
Galp 11B - 4,05% Dividend yield
BCP 10,11B - 4,47% Dividend yield
EDPR 9.66B - 0.92% Dividend yield
Em termos de free-float:
Fonte:Euronext
Com a excepção de 5 empresas, todas as outras empresas têm capitalização bolsista inferior a 3 mil milhões de euros, portanto apenas temos 5 empresas que chamam a atenção de investidores institucionais. Se olharmos em termos de free-float, ou seja a quantidade de ações disponíveis ao público, vemos que o BCP é claramente aquele que mais pesa no índice com uma representação de mais de 22% em comparação com a Galp, o segundo lugar, que tem apenas perto de 12%. Isto demonstra que grande parte das ações das cotadas portuguesas não estão disponíveis para o público, estão dentro de grandes grupos e famílias que detém as empresas para longo prazo. Isso também retira o interesse por parte dos investidores e leva a que a volatilidade do mercado seja mais reduzida. Como já tinha sido mencionado anteriormente, o cariz das cotadas portuguesas são de setores mais maduros que têm menor capacidade para desenvolver novos produtos e serviços, o que também lhes retira volatilidade, potencial futuro e especulação.
ETF sobre o PSI?
O mercado de capitais nacional continua a ser pouco atrativo para os investidores, devido ao fraco desempenho e também à falta de diversificação entre as empresas que estão cotadas na bolsa portuguesa. Para além de serem empresas maduras e com pouco potencial de crescimento. A última empresa que mostrou métricas de crescimento superiores foi a Greenvolt que acabou por ser comprada e retirada da bolsa. No entanto, nem tudo é mau a dividend yield do índice é bastante alta e encontra-se em cerca de 4% (estes cálculos são aproximados dado que existem empresas que ainda não anunciaram o dividendo e não estamos a incluir a questão do free-float das empresas), o que pode atrair mais institucionais ou investidores que buscam dividendos e não empresas de alto crescimento ou especulativas.
Este desinteresse traduz-se também no número de ETFs sobre o PSI. Neste momento não há ETFs que repliquem o desempenho da bolsa portuguesa, sendo que no passado, existiam este tipo de produtos com o objetivo de replicar o PSI-20, como o ComStage PSI 20 UCITS ETF e o ComStage PSI 20 Leverage UCITS ETF. No entanto, esses fundos foram descontinuados devido à baixa procura e liquidez insuficiente.
Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65 / UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, sobre os mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92 / CE e Diretiva 2011/61/ UE (MiFID II). A comunicação de marketing não é uma recomendação de investimento ou informação que recomenda ou sugere uma estratégia de investimento na aceção do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014 sobre o abuso de mercado (regulamentação do abuso de mercado) e revogação da Diretiva 2003/6 / CE do Parlamento Europeu e do Conselho e das Diretivas da Comissão 2003/124 / CE, 2003/125 / CE e 2004/72 / CE e do Regulamento Delegado da Comissão (UE ) 2016/958 de 9 de março de 2016 que completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas regulamentares para as disposições técnicas para a apresentação objetiva de recomendações de investimento, ou outras informações, recomendação ou sugestão de uma estratégia de investimento e para a divulgação de interesses particulares ou indicações de conflitos de interesse ou qualquer outro conselho, incluindo na área de consultoria de investimento, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. A comunicação de marketing é elaborada com a máxima diligência, objetividade, apresenta os factos do conhecimento do autor na data da preparação e é desprovida de quaisquer elementos de avaliação. A comunicação de marketing é elaborada sem considerar as necessidades do cliente, a sua situação financeira individual e não apresenta qualquer estratégia de investimento de forma alguma. A comunicação de marketing não constitui uma oferta ou oferta de venda, subscrição, convite de compra, publicidade ou promoção de qualquer instrumento financeiro. A XTB, S.A. - Sucursal em Portugal não se responsabiliza por quaisquer ações ou omissões do cliente, em particular pela aquisição ou alienação de instrumentos financeiros. A XTB não aceitará a responsabilidade por qualquer perda ou dano, incluindo, sem limitação, qualquer perda que possa surgir direta ou indiretamente realizada com base nas informações contidas na presente comunicação comercial. Caso o comunicado de marketing contenha informações sobre quaisquer resultados relativos aos instrumentos financeiros nela indicados, estes não constituem qualquer garantia ou previsão de resultados futuros. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros, e qualquer pessoa que atue com base nesta informação fá-lo inteiramente por sua conta e risco.