As ações da Nike têm vindo a registar uma trajetória de desvalorização acentuada, situando-se atualmente nos mesmos níveis de cotação de 2015. Este dado, por si só, já evidencia uma performance decepcionante e persistentes dificuldades operacionais. Desde o seu pico em 2021, a desvalorização acumulada ultrapassa os 60%, refletindo uma quebra significativa na confiança dos investidores. Do ponto de vista fundamental, a empresa enfrenta múltiplos desafios. Os lucros têm vindo a cair de forma consecutiva e sustentada, enquanto as receitas permanecem estagnadas num contexto de inflação elevada — um ambiente particularmente adverso para empresas do setor de retalho, uma vez que limita a capacidade de repassar custos aos consumidores e pressiona as margens operacionais. Em resposta, a Nike iniciou um processo de reestruturação interna, com mudanças nos cargos de liderança, revisão de programas de desenvolvimento e ajustes na estratégia de relacionamento com clientes. No entanto, até ao momento, não existem sinais claros de que estas medidas estejam a produzir resultados tangíveis, seja em termos de melhoria dos indicadores fundamentais, seja no seu preço em bolsa. A análise técnica confirma a tendência descendente de longo prazo, sem indicações consistentes de reversão. Para que se possa considerar uma mudança estrutural positiva, será necessário que a empresa demonstre, de forma sustentada, uma recuperação nos resultados e, sobretudo, que volte a captar o interesse do mercado e dos investidores institucionais.
Agrava ainda mais este cenário a ascensão de concorrentes de menor dimensão, como a Amer Sports (AS.US) e a On Holding (ONON.US), que têm apresentado desempenhos operacionais sólidos e valorizações expressivas em bolsa. Estes novos players estão a conquistar quota de mercado num setor cada vez mais competitivo, desafiando o domínio histórico da Nike.
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Abrir Conta Abrir Conta Demo Download mobile app Download mobile appPor fim, o risco geopolítico associado à guerra comercial e à imposição de tarifas sobre importações, particularmente provenientes da Ásia, representa uma ameaça adicional. O aumento dos custos de produção poderá comprimir ainda mais as margens da empresa, dificultando a sua capacidade de retoma e reposicionamento competitivo. Em suma, o cenário atual da Nike permanece frágil, tanto do ponto de vista fundamental como técnico. A recuperação dependerá da eficácia das medidas internas em curso e da capacidade da empresa em responder a um contexto macroeconómico e setorial cada vez mais exigente.
Gráfico da cotação das ações da Nike desde 2014. Como é evidenciado graficamente, a tendência é bastante negativa desde 2021. Fonte:xStation5
Autor:Vítor Madeira, XTB
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