A aversão ao risco atingiu a sessão asiática com as notícias de que o coronavírus ter-se-á espalhado pela China e também chegado ao Japão e Tailândia. Os índices chineses (CHNComp, HKComp) derraparam 2,5% e os mercados no Japão e na Coréia caíram cerca de 1%. Já existem quatro vítimas confirmadas e as autoridades dizem que o vírus pode ser muito contagioso. A Organização Mundial do Comércio propôs declarar uma emergência internacional para impedir a propagação do vírus. Resta esperar para saber o impacto total deste surto nos mercados. O CHNComp caiu 5% em 2 dias e testa o principal suporte nos 11k.
Contagiados pelo humor pessimista, a Sessão Europeia também começou o dia com quedas significativas, com os principais índices a cairem cerca de 1%. Ativos de maior risco, como o petróleo, metais industriais e AUD, tiverem ligeiras quedas.
Hoje, as bolsas americanas voltam a abrir. Nas últimas sessões, os principais índices de Wall Street atingiram máximos históricos em resposta aos bons dados económicos, resultados sólidos das empresas nesta Earning Season, juros baixos e alívio das tensões comerciais entre os EUA e a China. No entanto, no efeito de contração dos mercados já se faz sentir nos índices americanos também.
Os mercados receiam, com o vírus a espalhar-se para fora da China, uma vez que estamos na altura da passagem do ano chinês, muitos chineses a viver noutras partes do mundo aproveitam para visitar o seu país.
A tentar contrabalançar a nuvem sombria que envolve os mercados, Emmanuel Macron e Donald Trump chegaram a acordo numa trégua na disputa sobre impostos digitais. Nenhum país irá aplicar tarifas punitivas ao outro até o final do ano.
No calendário económico, temos hoje dados de emprego no Reino Unido (9:00 e 9:30) e discurso do presidente Trump em Davos, para o World Economic Forum.